Conseg critica proposta de celas modulares na 9ª SDP de Maringá

A possibilidade de se usar celas modulares para abrigar os presos que se encontram na carceragem da 9ª Subdivisão Policial de Maringá (SDP) foi criticada nesta quinta-feira (9/4) pelo Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg).

“Não há mais muros na 9a SDP e a região tem alta concentração de moradores, o que poderia colocar em risco essa população”, afirma o presidente do Conseg, Antonio Tadeu Rodrigues.

Em reunião na tarde de quarta-feira (3/4), entre representantes do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR), deputados estaduais e lideranças da região, cogitou-se a possibilidade de instalar celas modulares em Sarandi e Maringá, o que poderia abrir de 200 a 300 vagas para presos dentro de seis meses.

“É um absurdo Maringá ter que novamente receber presos de outras regiões e dar sua contribuição, com outra unidade prisional, devido à superlotação nas penitenciárias do estado”, diz Rodrigues.

Para o Conseg, Maringá tem unidades prisionais demais em proporção ao tamanho da população. “Uma alternativa é que os presos de outras cidades sejam alocados nos municípios de origem”, argumenta.

O minipresídio da 9ª SDP foi demolido em 2015, quando o local passou a ter espaço para abrigar menos de 30 detentos. O problema é que as celas que permanecem em uso abrigam atualmente mais de 100 presos. De três a quatro vezes mais do que a capacidade.

A superlotação na cadeia de Maringá e de outras cidades da região, como Sarandi, levou a retomada do debate com o Depen. Em Sarandi, o prefeito está disposto a doar um terreno para a obra de uma nova penitenciária na região.

Em outubro de 2018, quando dez celas modulares foram instaladas na Casa de Custódia de Maringá (CCM), o Conseg também criticou o uso do espaço para abrigar detentos de outras cidades.

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