Disfunções sexuais III, vaginismo

Por: - 4 de novembro de 2021

Disfunções sexuais III, vaginismo

Quando falamos de sexo, a ideia é de que deverá sempre ser muito divertido e prazeroso, mas infelizmente para algumas pessoas não acontecem dessa forma, e pode ser muito doloroso ou até mesmo impossível.

Uma das principais causas da dor é o vaginismo. Vaginismo é uma condição extremamente comum, que pode ter um grande impacto nas mulheres seus parceiros e relacionamentos. No entanto, muitas se sentem sozinhas e sem esperança, afinal o assunto é pouco discutido.

Desta forma trouxe aqui informações sobre essa disfunção, já que algumas mulheres possuem e não fazem nem ideia, convivem com a dor sem nem saber como pode ser tratada.

O que é vaginismo?

Esse distúrbio trata-se da contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico na região perineal, que faz com que o canal vaginal se estreite impossibilitando a penetração. Muitas vezes a dor pela presença do hímen complacente é confundida com vaginismo, por isso a importância da triagem feita pelo profissional ginecologista, mas até mesmo alguns desses profissionais na área da ginecologia desconhecem como tratar ou diagnosticar.

Geralmente mulheres diagnosticadas, possuem históricos emocionais de abuso, violência física ou educação sexual muito repressora, aonde o sexo é abordado de forma suja, ruim e pecaminoso, assim a mulher passa enxergar a penetração como algo desprezível inconscientemente.

  A questão é que a maioria consegue se relacionar com sexo oral, masturbação e até mesmo atingem orgasmo, mas no momento da penetração não consegue relaxar e nessa altura surge a frustração. A maioria das vezes os homens não entendem o que acontece e por machismo acabam forçando a relação com penetração e os traumas acumulam.

Como tratar o vaginismo? 

Acompanhei uma paciente que durante 6 anos sofria com o vaginismo, mas desde o primeiro contato sexual a penetração nunca havia sido concluída. O emocional e sentimento de incapacidade geralmente afeta e muito o relacionamento. Todo o processo de tratamento foi feito em conjunto com terapia, fisioterapia pélvica e acompanhamento ginecológico.

Como terapeuta sexual e instrutora de pompoarismo ensino a mulher ao autoconhecimento para tratar o vaginismo, com exercícios pélvicos e respiração focada, instruindo o uso correto dos dilatadores vaginais, acessórios utilizados para trazer consciência de que está tudo correto e não existe nenhum problema físico, os exercícios são diários e requer disciplina e paciência.

É muito importante que o parceiro tenha conhecimento de todo o processo de tratamento e seja preparado para auxiliar nos exercícios, e no momento correto de tentar a penetração, desta maneira ele também será instruído. 

Este processo não costuma ser demorado, mas varia de pessoa para pessoa e torna-se libertador para a mulher e para o casal, trazendo qualidade de vida. 

Agora você já conhece um pouco sobre o vaginismo então não tenha receio de falar sobre, pois existe a necessidade que divulguemos o assunto. Desconstruir esse tabu trará liberdade sexual para muitas pessoas.

Se você tem dúvidas, sobre o assunto deixe sua questão no meu insta, @alessandraferreirasexologa.

 

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