A avaliação da reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM) sobre a minuta da Lei Geral das Universidades do Paraná é de receio. O tom de preocupação marcou os discursos do reitor, Julio César Damasceno, e do vice-reitor, Ricardo Dias Silva, em reunião realizada na noite desta quinta-feira (13/6) no Restaurante Universitário (RU).
“Alertamos que, a partir do momento que se produz uma proposta de lei como essa, cria-se um espaço de oportunidades de avanços ou retrocessos. Tudo depende do contexto”, afirmou o reitor da UEM. Ele ressaltou que a universidade vai além da formação para o mercado de trabalho. O discurso se completa com as declarações do vice-reitor.
“Esta minuta fere com veemência a autonomia da nossa universidade, foca no ensino de graduação, o que não expressa aquilo que a UEM representa. Não considera a pós-graduação, com o peso que tem no Estado, no país e de visibilidade internacional, nem a produção científica e o nosso papel na extensão”, afirmou preocupado.
Ele ponderou ainda que a proposta do governo Ratinho Junior “precariza os recursos humanos e coloca em risco as atividades e o custeio da instituição, porque foca nas questões quantitativas, e não qualitativas”.
O presidente da Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem), Edmilson Aparecido da Silva, considerou que o texto “traz muitas armadilhas perigosas, que podem atacar tanto a autonomia quanto a qualidade e o tamanho das nossas universidades.”
“Temos que tomar postura de luta, combate e defesa da universidade”, disse a aluna de Psicologia e coordenadora geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Maria Clara Santos.
A reportagem completa sobre o debate realizado na UEM, divulgada pela instituição, sobre o texto da Lei Geral das Universidades do Paraná pode ser acessada aqui.
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