A travesti Lua Lamberti de Abreu vai entrar para a história da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e da cidade. Ela vai ser a primeira travesti a concluir um curso de mestrado na instituição. A defesa da dissertação vai ser realizada na sexta-feira (22/3).
O trabalho de Lua Lamberti discute o apagamento e a inacessibilidade de pessoas trans nos territórios formais da educação. Sob orientação da professora Eliane Maio e co-orientação da professora Roberta Stubs Parpinelli, ela vai defender o trabalho intitulado Pe-Drag-Ogia como modo de Tensionar/Inventar Territórios Educacionais Heterotópicos.
Lua Lamberti usa o recurso metodológico da autoficção, em que produz um diálogo entre ela, a autora, com a sua persona Drag.
Dentro deste contexto, ela desloca as noções de edução por um eixo ético-estético-político de ser e estar no mundo e pensa na construção de territórios educacionais mais receptivos e potentes para pessoas que não são bem-vindas aos meios hegemônicos.
Em 2018, Lua Lamberti proferiu palestras a funcionários da Biblioteca Central da UEM sobre “O uso do nome social: um direito a ser respeitado” e “Os corpos trans nos espaços públicos: garantias à diversidade”.
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