Uma parceria para preservar a história. A Arquidiocese de Maringá doou todo o acervo da jornal Folha do Norte do Paraná para a secretaria Municipal da Cultura. Exemplares do impresso, que funcionou de 1962 a 1979, vão ser guardados agora na Gerência de Patrimônio Histórico.
Os exemplares publicados de 1962 a 1979 estavam na Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória e agora serão digitalizados e preservados.
O jornal foi fundado por Dom Jaime Luiz Coelho, primeiro Arcebispo de Maringá. Em 1979, a Folha do Norte se transformou em O Diário do Norte do Paraná.
O secretário de Cultura de Maringá, Miguel Fernando, disse que trata-se do “impresso mais importante da história de Maringá”.
Em vídeo, o secretário de Cultura agradeceu a doação ao Patrimônio Histórico de Maringá.
O jornalista Antonio Roberto de Paula, autor do livro online “O Jornal do Bispo – A história da Folha do Norte do Paraná” assim descreveu o jornal, considerado de extrema importância para o desenvolvimento de Maringá.
“A Folha do Norte do Paraná foi um dos grandes veículos de divulgação de Maringá na década de 1960. Ao lado da Rádio Cultura e do Grêmio Esportivo Maringá, a Folha contribuiu decisivamente para tornar a cidade líder regional e para mostrar o potencial do Município no Estado e no Brasil.
Com a Folha, Dom Jaime se consolidou como uma liderança religiosa e política, fez Maringá ser respeitada e atendida em importantes reivindicações junto ao governo estadual. A cidade já contava com O Jornal, mas o surgimento da Folha representou mais eficazmente o despertar do espírito maringaense, um espírito pautado na cobrança da população junto ao poder público na busca constante da qualidade de vida.
O mundo político desfilou na Folha intensamente, primeiro com Dom Jaime na direção e depois com Joaquim Dutra. O período que a Folha funcionou, de 1962 a 1979, foi, coincidência ou não, na transição da menina Maringá para a cidade polo, desenvolvida, líder.
A Folha do Norte foi o começo do fim do jornalismo romântico. O mundo mudou, a Folha ficou. Ficou para sempre na história, assim como seus personagens”
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