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Três campanhas de candidatos a vereador receberam 70% das doações de partidos para as campanhas de toda a coligação, em Maringá. Os dados foram levantados pelo Maringá Post, após uma consulta às prestações de contas dos candidatos apresentadas à Justiça Eleitoral.
A coligação “A transformação não pode parar”, composta por PSD, PDT, PSB e MDB registrou, ao todo, 80 candidatos à Câmara de Maringá, conforme descrito no Portal de Divulgação de Contas e Candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O Maringá Post olhou as prestações de contas de todos os candidatos.
Somando todas as prestações de contas já declaradas, os quatro partidos enviaram, até essa terça-feira (10), R$ 520 mil para as campanhas ao legislativo. Do total, R$ 371 mil foram destinados para apenas três campanhas: Akemi Nishimori (PSD), Fabiano Batista (PSD) e Professora Ana Lúcia (PDT).
Akemi, esposa do deputado federal Luiz Nishimori (PSD), foi quem recebeu a maior fatia dos recursos: R$ 166 mil, de acordo com a prestação de contas da campanha da candidata. Todo o recurso foi oriundo do diretório nacional do Partido Social Democrático. Também candidato do PSD, Fabiano Batista recebeu R$ 155 mil vindos do diretório nacional da legenda.
Entre os 24 candidatos do PSD, apenas três declararam ter recebido recursos da sigla. Além de Akemi e Fabiano, o ex-secretário de Limpeza Urbana de Maringá, Paulo Gustavo Ribas, recebeu R$ 8 mil da legenda para custear a campanha, segundo a Justiça Eleitoral.
A terceira candidatura que mais recebeu recursos de partidos dentro da coligação, até o momento, foi a da vereadora Professora Ana Lúcia (PDT), que recebeu R$ 50 mil do Partido Democrático Trabalhista. O valor representa 55% das doações da sigla para todos os 24 candidatos do PDT. Dentro da sigla, apenas 9 candidaturas receberam doações partidárias que, com exceção de Ana Lúcia, não ultrapassaram os R$ 5 mil.
Ainda dentro da coligação, o partido que melhor distribuiu os recursos entre os candidatos foi o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). O diretório nacional enviou R$ 81 mil para as campanhas dos candidatos da legenda. Entre os 21 nomes, 10 declararam ter recebido recursos do partido, que variam entre R$ 1.500 a R$ 30 mil, conforme as prestações de contas dos candidatos.
Das 80 candidaturas a vereador da coligação, 32 ainda não prestaram contas à Justiça Eleitoral e 4 desistiram. Do restante, apenas 23 declararam algum tipo de verba recebida dos partidos.
O Maringá Post entrou em contato com as campanhas dos candidatos citados e também com os diretórios dos partidos, para se posicionarem sobre o assunto.
A equipe da candidata Professora Ana Lúcia e o diretório do Partido Democrático Trabalhista (PDT) em Maringá informaram que “os (as) candidatos (as) receberam os recursos do Fundo Eleitoral de acordo com a distribuição estabelecida nas Resoluções do PDT nacional e, para além disso, o Diretório Municipal garante a todas as vinte quatro candidaturas o apoio com recursos próprios do Diretório e também da candidatura a prefeito da coligação da qual o PDT de Maringá faz parte”. A sigla acrescenta que “todas as despesas e origem dos recursos estarão nas prestações de contas públicas até o final da campanha de acordo com legislação em vigor”.
Já o diretório municipal do Partido Social Democrático (PSD) informou que os recursos não passam pelo diretório municipal da legenda. O PSD nacional, por sua vez, também se manifestou por meio de nota, afirmando que “o partido iniciou há duas semanas o processo de distribuição de recursos do fundo eleitoral a candidatas e candidatos e vem atendendo postulantes em todas as regiões do país, seguindo também indicações das lideranças e diretórios de cada Estado”. O PSD também complementa, afirmando que “todo o processo de distribuição atende às normas partidárias e a legislação vigente”.
A reportagem também fez contato com a equipe da candidata Akemi Nishimori e aguarda um retorno. O conteúdo será atualizado assim que a resposta for recebida.
O Maringá Post não conseguiu contato com a equipe do candidato Fabiano Batista. O espaço segue aberto para manifestações.
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