Chapa Acelera Uem vence eleições do Diretório Central dos Estudantes da UEM com 1.157 votos

Chapa 3 chegou a ser declarada vencedora, mas a impugnação de cinco urnas foi revista e o resultado mudou

  • A eleição para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) teve como vencedora a Chapa 1– Acelera Uem, com 1.157 votos. Em segundo lugar ficou a Chapa 3- A Uem Não Vai Embora, com 1.019 votos.

    A Chapa 2– Uem Popular conquistou 461 votos. A posse da nova gestão foi realizada nesta segunda-feira (25/11) na sede do Diretório Central dos Estudantes. A entidade representa alunos da graduação e da pós-graduação da instituição.

    O voto não é obrigatório, mas todos os alunos de graduação, pós-graduação, da Universidade Aberta à Terceira Idade e até mesmo educação a distância tinham direito a voto. Mesmo assim a participação dos estudantes foi considerada baixa.

    Na ultima eleição do DCE, em 2017, foram contabilizados 3.026 votos válidos e outros 18 brancos ou nulos em toda a UEM, totalizando 3.044 votantes. A participação representava um aumento significativo em relação aos anos anteriores. Em 2016, foram 2.002, em 2015, 1.025 votos e, em 2014, 1.928 votos.

    Em 2019, foram 2.729 votos validos. O número representa menos de 14% dos estudantes da universidade. Um grande contraste se comparado com as eleições históricas de décadas passadas, onde em 1981, por exemplo, cerca de 60% dos alunos participaram da eleição.

    Chapa 3 chegou a ser declarada vencedora

    A Comissão Eleitoral (CE) chegou a declarar a Chapa 3 – A Uem Não Vai Embora como vencedora das eleições, em status de avaliação, com 843 votos, mas a CE voltou atrás.

    Em um post no Facebook da Chapa 1- Acelera Uem, houve acusações de que a comissão teria tentado “fraudar as eleições” para o DCE.

    O post que afirmou haver uma tentativa de “golpe a democracia” fez a Comissão Eleitoral rever votos de urnas que tinham sido impugnadas. A recontagem de votos após o fim do processo de escrutínio é histórica nas eleições do DCE da UEM, e fez com que a Chapa 1 ganhasse as eleições.

    No fim do processo de escrutínio, a CE declarou status de “reunião permanente”, o que garantiu a comissão legitimidade, segundo o regimento eleitoral, para rever o caso de cinco urnas impugnadas.

    As urnas que tiveram a medida de impugnação revista foram do setor de engenharia (D67), urna 24 (Umuarama- CTC) e as três urnas de votação em transito, que seriam a da UPA (urna 27), do HU (urna 28) e do RU (Urna 29).

    Notas de repúdio sobre o ato de rever as urnas impugnadas foram publicadas pela Chapa 2, Chapa 3 e pelo Centro Acadêmico de Informatica da UEM.

    O Conselho de Entidades Estudantis de Base (CEEB) vai realizar nesta terça-feira (26/11) uma reunião aberta ao público para discutir o acolhimento do recurso da chapa 2 e 3, assim como a impugnação do processo eleitoral. A reunião acontece na sala do Conselho Universitário (COU), às 17h30.

    A eleição de 2019 para o DCE foi quente desde o início. No único debate realizado houve trocas de acusações entre as chapas e estudantes, como mostram esta e esta reportagem publicadas pelo Maringá Post.

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