Nesta quarta-feira (11/9) foram nomeados novos advogados de defesa para o júri do caso Sevilha. O julgamento do caso do crime de homicídio contra o auditor fiscal José Antônio Sevilha precisou ser dissolvido pelo juízo da 3ª Vara Federal de Maringá após advogados de defesa de dois réus abandonarem o Tribunal do Júri no domingo (25/8).
O juiz federal Cristiano Manfrim, da 3ª Vara Federal de Maringá, trabalha agora com o objetivo de realizar um novo julgamento. Como novos advogados foram nomeados para a defesa, foi concedido prazo de 90 dias para os defensores estudarem o processo.
Como o prazo termina na segunda semana de dezembro, a expectativa é que a próxima sessão do júri do caso Sevilha seja realizada ainda em 2019, antes do recesso do Poder Judiciário. O auditor-fiscal foi executado em setembro de 2005.
O júri do caso Sevilha envolve três dos cinco acusados no homicídio dolos. O empresário Marcos Gottlieb, proprietário da Gemini Brinquedos é acusado de ser o mandante do crime, Fernando Ranea, teria sido contratado para matar, e o advogado Moacyr Macêdo, teria feito o elo entre os dois.
Haveria outros dois envolvidos, mas um deles nunca foi localizado e o outro morreu na prisão, em cumprimento de pena por outro crime, de envolvimento em caso de sequestro.
Convocado inicialmente para o dia 20 de agosto, o júri do caso Sevilha seria o primeiro a ser realizado na história de 26 anos de instalação da Justiça Federal de Maringá.
O abandono pelos advogados motivou críticas do advogado Odel Antun, contratado pelo Sindifisco Nacional como assistente de acusação no caso Sevilha. Os auditores fiscais de todo o Brasil entendem que o júri do caso Sevilha é emblemático para mostrar que não há impunidade em tentativas de coibir o trabalho da categoria.
Segundo a investigação da Polícia Federal, o auditor-fiscal foi vítima de uma emboscada. O crime foi encomendado porque o servidor da Receita Federal investigava fraudes nas importações de uma empresa de brinquedos, de propriedade de Marcos Oliveras Gottlieb.
Por causa do abandono do júri, quando faltava apenas a oitiva de um dos acusados e os debates de acusação e defesa, cada um dos sete advogados que abandonou o júri do caso Sevilha, em Maringá, no domingo (25/8), foi multado em cem salários mínimos, o que corresponde a cerca de R$ 100 mil.
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