Capitalismo consciente / Foto: Freepik – Foto criado por rawpixel.com
Com a utilização em massa das redes sociais e, principalmente, com a pandemia do Coronavírus, o mundo empresarial teve uma mudança significativa: as pessoas não aceitam mais consumir apenas por consumir, elas desejam algo mais: elas desejam propósito, desejam se conectar/identificar com as marcas/empresas.
A internet deu voz aos consumidores e percebemos que empresas que só desejam gerar lucro financeiro não têm mais vez no mercado. Neste cenário acompanhamos uma revolução: o surgimento de negócios conscientes, negócios que têm como propósito gerar valor, e dentre os valores possíveis de serem gerados pela empresa está o valor financeiro.
O livro Ativador de Negócios Conscientes: Aplicando os fundamentos do capitalismo consciente em sua organização, dos autores Thomas Eckschmidt, Steve Havill e Amy Powell, aborda exatamente essas questões! O livro também é considerado uma ferramenta de implementação dos fundamentos do capitalismo consciente e de aproveitar de maneira mais eficiente os ensinamentos do Guia Prático do Capitalismo Consciente, você já conhece?
Utilizando as palavras dos autores “Este livro visa convidar tanto líderes como organizações a aderirem a esta incrível jornada para se tornarem mais conscientes e servirem como uma força para o bem, gerando prosperidade coletiva.”
Ele é dividido em quatro perguntas centrais que te orientam para uma análise profunda sobre a sua empresa e se você está no caminho correto para se tornar um negócio consciente:
1 – O que é o propósito evolutivo?;
2 – O que é a integração dos stakeholders (partes afetadas)?;
3 – O que é cultura responsável?;
4 – O que é liderança servidora?
O conceito de stakeholder, muito comentado nos últimos anos, é um termo utilizado para se referir às partes interessadas que devem estar de acordo com as práticas de governança corporativa executadas pela empresa, ou seja, todos que tem contato com a empresa, seja os líderes, sócios, acionistas, colaboradores, fornecedores, clientes etc.
Ao observar esses principais pontos de um negócio consciente, percebemos que essa é uma proposta “ganha-ganha-ganha” que inclui um retorno saudável para todos os stakeholders da empresa, inclusive a sociedade em geral.
Sempre gosto de citar o caso inspirador da empresa Natura, se você parar para analisar um pouco a história dessa empresa, vai entender como um negócio consciente funciona e como é benéfico para todas as partes envolvidas, a Natura gera valor para todos que têm contato com a empresa, além de preservar a natureza e investir em consumo consciente, reciclagem das embalagens e valorização da natureza brasileira.
Ainda em dúvida se você deve ou não fazer uma análise em seu negócio para encontrar os pontos que podem se tornar conscientes? Segundo o estudo Vida Saudável e Sustentável 2020: Um Estudo Geral de Percepções do Consumidor, realizado pelo Instituto Akatu e GlobeScan, constatou que mais de 80% dos consumidores brasileiros esperam que as empresas cuidem do que está sob seu controle, além de informar sobre os seus processos produtivos, ou seja, sobre os impactos causados na sociedade, sejam eles de ordem ambiental, política, econômica ou social. E mais de 60% espera que as empresas estabeleçam metas para tornar o mundo melhor.
Percebeu como a pandemia influenciou ainda mais nos hábitos de consumo e que empresas que só visam puramente o lucro não têm mais vez no “novo mercado”?
Gostaria de terminar a reflexão de hoje com uma passagem muito tocante de livro: “O capitalismo do bem é uma filosofia de negócios, e precisamos de toda a ajuda que pudermos para difundir essas ideias e seus fundamentos, ajudando as empresas a despertar o potencial de seus negócios para o bem maior, acelerando, assim, a transformação para um ecossistema de negócios conscientes”. Vamos mudar a forma de fazer negócios e estabelecer uma relação de ganha-ganha-ganha com todos os nossos stakeholders?
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