Da liderança horizontal à colaborativa

Ser líder num mundo de constante mudança já não é deter as informações, o conhecimento e engajar seus times em suas ideias. A hora é de redimensionar o que é ser líder, trazendo todas as variáveis de rapidez, flexibilidade e capacidade de reinvenção.

Hoje em dia, a eficácia e o sucesso de uma organização estão menos relacionados a uma liderança individual que à construção coletiva de gestão, como aponta o escritor irlandês James Sweetman.

Segundo o escritor a versão de Liderança tradicional, na qual um indivíduo define os rumos de uma empresa ou organização, tratando de difundir suas ideias, persuadir e motivar seus funcionários a segui-las, já não se aplica à atual realidade. E por uma razão bem simples: em um universo corporativo cada vez mais complexo, ninguém tem respostas para todas as questões que podem surgir. A única forma de encontrá-las é colaborativamente. 

O sistema de Liderança moderno deve pautar-se na criação de um contexto e de um ambiente que possibilita que indivíduos se auto motivem e se disponham a inovar, por meio da proposição de desafios de negócios em constante mudança tecnológica e mercadológica.

Os lideres de hoje devem atuar como “semeadores”, estimulando, incentivando e desafiando as pessoas do time a impulsionar criativamente a gestão da empresa. Para fazer isso o líder precisa ser humano, ou seja, ter uma curiosidade natural sobre as pessoas e realmente se preocupar com elas. 

Ser honesto, falar e agir com integridade, fortalecendo laços de confiança com a equipe. Neste ponto é importante trazermos que um líder que tem o foco na gestão colaborativa tem inteligência emocional desenvolvida, autoconsciência, autocontrole, consciência social e de relacionamento humano.

Mostrar-se apenas disponível não é o suficiente. É necessário criar uma atmosfera aberta à colaboração, confiança e criação conjunta. 

Um líder colaborativo é acima de tudo curador, foca no que é preciso, faz a gestão da informação sem ruídos e contaminação na cultura empresarial, leva em conta os talentos da equipe e suas multicompetências para que tudo isso, somado às estratégias, possa garantir os resultados e perpetuação da organização.

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