Habilidades, Competências, Talentos, Ética, Comprometimento, Foco em Resultados e Profissionalismo não estão relacionadas a nenhum gênero específico. Está relacionado ao Ser Humano.
Identidade é quem você é, e identidade de gênero está ligada em como a pessoa se sente e se vê. Ela pode nascer com o sexo biológico e se sentir de acordo com ele (cisgênero). No entanto, pode acontecer de uma pessoa sentir que nasceu no corpo diferente da alma dela, de como ela se vê e a isso dá-se o nome de transgênero.
Orientação sexual e identidade de gênero são questões diferentes e criar um ambiente de trabalho que cuide dessa inclusão é importante para todos os envolvidos.
Para a maioria de nós, o trabalho já é estressante por si só. Imagine carregar também o peso emocional de negar e suprimir um dos aspectos mais fundamentais de quem você é! Sua identidade de gênero, porque ela não está de acordo com as convenções sociais relacionadas aos papéis de gênero.
Para muitos profissionais essa questão é onipresente. Por mais competentes e comprometidos que possam ser em suas posições de trabalho, sofrem estigma, discriminação, hostilidade e pressão para “não expor” sua identidade em contextos sociais, principalmente na vida profissional para satisfazer às necessidades alheias.
Questões como as relatadas acima podem desencadear uma série de reações psicológicas com consequências devastadoras no bem estar emocional do profissional, impactando diretamente seu engajamento, satisfação no trabalho e vontade de permanecer na empresa.
Muitas empresas não estão preparadas para tratar dessas questões dentro de suas culturas. E carecem perdendo grandes talentos por não criarem políticas e práticas que conscientizem às pessoas no ambiente do trabalho sobre a importância de se respeitar o outro independentemente de como o outro seja (heterossexual, bissexual, homossexual, TG+).
Um profissional comprometido com o sucesso da empresa em que trabalha não deve se sentir estigmatizado e com medo de ir para o trabalho devido a sua identidade de gênero.
Empresas que não possuem práticas de inclusão perdem resultados e muitas vezes não se atentam para isso. Aumentam os custos com rotatividade, menor envolvimento e produtividade dos profissionais, assim como possíveis litígios em decorrência de atos de discriminação.
Segundo pesquisas nas áreas da psicologia social e de desenvolvimento, o comportamento de inclusão das questões de gênero é aprendido. Partindo desse pressuposto, porque não trazermos essas questões para os processos de onboarding das empresas? Para a base de valores? Para a ideologia organizacional como um todo?
Um profissional que trabalha com o medo do estigma e da discriminação, pode ter pensamentos obsessivos, autoimagem negativa, desespero, isolamento social, abuso de álcool e outras drogas, assim como atitudes disfuncionais de defesa.
Criar um ambiente de trabalho que cuida das questões relacionadas à gênero é trazer a conscientização que todos são importantes, independentemente de sua orientação sexual e| ou identidade de gênero.
A adoção de práticas, políticas, criação de comitês, treinamentos de diversidade, intervenções para construção de resiliência nos times, canais de denúncia e| ou ouvidoria em gestão de pessoas, podem ser os pilares para a construção de um ambiente igualitário e que não privilegie nenhum grupo, afinal todos são importantes para o crescimento e perpetuação de uma empresa.
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