A economia da nostalgia e a volta das tendências dos anos 2000

Por: - 28 de janeiro de 2022

Que a moda é cíclica, não é nenhuma novidade; os estilos de vestir vão e voltam, as décadas passadas aparecem repaginadas, com uma cara nova. Durante os últimos dois anos – no meio de uma pandemia mundial – temos visto um retorno fortíssimo de tendências e estilos dos anos 2000, mas por que exatamente esta década?

Juicy Couture 2021, de volta aos 2000

Segundo Polly Walters, estrategista sênior de um dos mais importantes escritórios de pesquisa de tendências do mundo – a WGSN – as incertezas do período pandêmico levaram os consumidores a buscarem aquilo que lhes fosse mais familiar. Os jovens do nosso tempo não esperavam ter que enfrentar grandes crises econômicas, o medo do desemprego e da morte, tudo ao mesmo tempo, enquanto lidam com a entrada na vida adulta, com todas as responsabilidades que fazem parte dela. Para Walters, o retorno à década de 00 é um resgate do tempo perdido.

Não é apenas na indústria da moda que este movimento tem acontecido, apesar de ser onde ele fica mais visível. Esta é a chamada economia da nostalgia – o ato de consumir bens que suscitam memórias do passado. Polly Walters explica que, seja de forma individual ou coletiva, quando estamos em uma situação de medo e incerteza, a tendência é buscar o afeto e o conforto das coisas – o que para esta geração, está neste período entre o fim dos anos 90 e início dos 2000.

Paris Hilton nos anos 2000 e a inspiração nos desfiles atuais

Pode ser um pouco difícil de acreditar, mas de fato é essa estética meio caótica, que data da adolescência dos millennials, a mais presente na indústria no momento. Saias curtas, cinturas baixas, logomania, pouco ou nenhum compromisso com a harmonia visual –elementos duvidosos, mas muito familiares para quem está na casa dos 30 anos. E pelo jeito, ainda veremos estas releituras por aí durante algum tempo. Você se arrisca em alguma?

 

 

 

 

- Quer receber as notícias no seu WhatsApp? Clique aqui.

Tem uma dica de notícia? Fez alguma foto legal? Registrou um flagrante em vídeo? Compartilhe com o Maringá Post, fale direto com o whats do nosso editor-chefe.