Projeção de crescimento econômico para 2025 é de 2,64%; inflação pode atingir 3,3%

PIB deve crescer 2,64% e inflação subir para 3,3% no próximo ano, segundo proposta enviada ao Congresso Nacional.

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    O projeto de Orçamento de 2025, enviado ao Congresso Nacional na noite desta sexta-feira (30), trouxe novas estimativas econômicas em comparação com os parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), em tramitação desde abril.

    A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que mede a soma dos bens e serviços produzidos no país, foi ajustada para baixo, de 2,8% na LDO para 2,64% no projeto de lei orçamentária anual (PLOA).

    Além disso, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação, foi revisada para cima, passando de 3,1% para 3,3% em 2025. Outros parâmetros econômicos também sofreram alterações.

    A Taxa Selic, que define os juros básicos da economia, deve fechar o próximo ano com uma média de 9,61% ao ano, enquanto a previsão anterior na LDO era de 8,05%. O valor médio do dólar, por sua vez, foi revisto de R$ 4,98 para R$ 5,19.

    O projeto de Orçamento também inclui projeções para os próximos anos, até 2028. Para o crescimento do PIB, a expectativa é de 2,6% ao ano de 2026 a 2028. A inflação medida pelo IPCA está prevista em 3% para esses anos. Em relação à Taxa Selic, as projeções apontam para uma média de 8,26% ao ano em 2026, caindo para 6,9% em 2027 e 2028. No momento, a Selic está fixada em 10,5% ao ano.

    Mesmo com a elevação na projeção do IPCA para 3,3% em 2025, o índice ainda se encontra ligeiramente acima do centro da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Considerando a margem de tolerância de 1,5 ponto percentual definida pelo CMN, a inflação poderá variar entre 1,5% e 4,5% no próximo ano sem descumprir a meta oficial. Em julho, o IPCA acumulado em 12 meses atingiu 4,5%, justamente o teto da meta.

    Outro ponto destacado no projeto enviado ao Congresso é a previsão do preço médio do barril de petróleo, que foi fixado em US$ 80,79 para 2025, utilizado para estimar as receitas da União provenientes dos royalties.

    Além disso, estima-se um crescimento de 7,84% na massa salarial nominal para o próximo ano, refletindo as expectativas de evolução do mercado de trabalho e da renda dos trabalhadores.

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