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Educadores das escolas estaduais do Paraná utilizaram aplicativos de mensagens e redes sociais para expressar descontentamento com os afastamentos de suas funções. A informação foi reportada pela Tribuna do Paraná.
Os afastamentos ocorreram após a participação dos professores em uma greve contra a implementação do programa “Parceiro da Escola”, que propõe a gestão compartilhada de escolas com o setor privado. A greve foi declarada ilegal, e houve até um pedido de prisão para a líder sindical responsável pela manutenção da paralisação.
O programa controverso foi aprovado em regime de urgência pela Assembleia Legislativa do Paraná e sancionado pelo governador, mesmo após protestos e tentativas de bloqueio das sessões legislativas.
A Secretaria de Estado da Educação justificou os afastamentos como resultado de indícios de descumprimento de deveres profissionais, embora não tenha confirmado a relação direta com a greve.
Casos individuais de afastamento vieram à tona, incluindo o de uma diretora de instituição educacional que se manifestou publicamente em defesa da educação pública e recebeu apoio de estudantes. Outro caso envolveu o afastamento temporário de uma diretora após um relatório regional indicar a necessidade de ação com base no interesse público.
Ainda de acordo com informações divulgadas pelo portal Tribuna, os professores vinculados a um grupo de estudos também relataram afastamentos relacionados à participação na greve.
Representantes políticos e sindicais estão buscando esclarecimentos e medidas legais em resposta aos afastamentos, considerados por alguns como perseguição e violência institucional. O sindicato dos professores está avaliando a situação e planeja anunciar medidas legais em breve.