Priscila Guedes da Luz quebra hegemonia de Iraídes Baptistoni e é a nova presidente do Sismmar

A chapa 2, liderada por Priscila Guedes Luz obteve 1.967 votos, 53,8% do total

  • A professora Priscila Guedes da Luz é a nova presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar). Ela venceu a atual presidente Iraídes Baptistoni no segundo turno das eleições.

    A votação foi realizada na quinta-feira (7/11) e na sexta-feira (8/11) e contou com a participação de 3.655 votos. A apuração foi concluída às 2h15 deste sábado (9/11). A chapa 2, liderada por Priscila Guedes da Luz obteve 1.967 votos, 53,8% do total.

    Iraídes Bapstistoni recebeu 1.560 votos (42,7%) do total. Também foram registrados 90 votos nulos e 38 votos em branco. Iraídes Baptistoni tentava garantir o terceiro mandato de presidente do Sismmar.

    Com a vitória de Priscila Guedes Luz, o Sismmar volta a levantar a bandeira da Conlutas. Iraídes Baptistoni era representante da CUT.

    A última vez que o sindicato esteve sob a bandeira da central sindical Conlutas foi na gestão de 2005 a 2008, na presidência de Ana Pagamunici. O período foi marcado por uma das maiores greves dos servidores municipais.

    Saiba mais sobre Priscila Guedes da Luz

    Priscila Guedes da Luz é professora 20 horas no município e também já trabalhou como educadora infantil e auxiliar de creche.

    Ela também é membro do Conselho Municipal de Educação na gestão 2018/2019 e participou da Comissão de Prevenção de Acidentes na gestão 2014 a 2016.

    Formada em pedagogia na Universidade Estadual de Maringá (UEM), Priscila é pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Faculdade de Tecnologia do Vale do Ivaí (Fatec) e pós-graduanda em Gestão Escolar na Faculdade Campos Elíseos.

    Veja abaixo a entrevista que a presidente eleita do Sismmar concedeu ao Maringá Post no começo da campanha eleitoral da entidade.

    Maringá Post – Qual a sua principal proposta para conquistar o voto dos servidores?

    Priscila Guedes da Luz – Fazer com que o Sismmar retome a sua função principal: lutar pelos servidores e servidoras, afinal sindicato é pra lutar.

    Maringá tem toda a valorização sobre ser uma das melhores cidades para se viver e infelizmente esse título não abarca os servidores e servidoras municipais. Portanto, com um sindicato de luta, buscaremos resgatar a dignidade de quem faz a cidade ter esse título, ou seja, os servidores e servidoras municipais.

    O banco de horas é um assunto controverso entre os servidores e a administração municipal. Qual é a proposta da sua chapa para o banco de horas?

    Para o banco de horas propomos fazer uma comissão em cada secretaria e, a partir da realidade de cada, uma definir o melhor caminho. Cada setor tem uma realidade específica e não podemos compactuar com a implementação de um regime único de banco de horas em todos os setores. É preciso reconhecer cada realidade e junto com os servidores e servidoras construir o melhor regime para cada especificidade.

    Servidores da UPA Zona Norte e UPA Zona Sul aprovaram escala de 12X60 com jornada de 30 horas semanais e o Sismmar aguarda projeto de lei para regulamentar. Se eleita, o que a senhora pretende fazer para resolver essa situação?

    Nem todos do setor da saúde concordam, mas acredito que principalmente agora, com a exigência do Ministério Público em reduzir as horas extras, o regime das 30 horas para o setor da saúde é necessário. A questão é a qualidade, seria preciso remanejar ou contratar mais servidores para que não sobrecarregue os servidores e servidoras da forma como ocorre hoje.

    As UPAs estão fazendo essa carga horária, mas no limite de servidores, principalmente na enfermagem. Em algumas situações, segundo relatos da própria categoria, não é possível cumprir com o dimensionamento do pessoal de enfermagem.

    Pensamos que esse dimensionamento seria o cálculo de trabalhadores necessários para atender uma demanda, dependendo do setor, especialmente nos serviços 24h. Não podemos sobrecarregar os servidores e servidoras que tanto trabalham por Maringá, devemos respeitá-los e buscar, diretamente com as categorias em questão, as melhores sugestões de encaminhamentos. Primeiramente com a categoria e depois com a administração.

    Qual avaliação a senhora faz sobre o atual comando do sindicato? Onde errou? Onde acertou? O que a senhora teria feito, no caso dos erros, se fosse presidente?

    Hoje, a maneira de conduzir o sindicato da atual direção é confundida com a própria gestão do prefeito. Isso é apontado, inclusive, pelos próprios servidores e servidoras. Portanto, a partir da nossa gestão, pretendemos oferecer para a base cursos de formação visando, gradativamente, resgatar o papel do Sindicato enquanto entidade de luta, entregando o poder de decisão e discussão para os servidores e servidoras.

    Não podemos negligenciar os avanços conquistados como, por exemplo, vale alimentação, Trimestralidade e eleição para diretoria nas instituições de ensino. Mas esse ponto é, inclusive, questionável, pois de quem é o mérito dessas conquistas? Já que o prefeito também cita os mesmos exemplos como promessas de campanha cumpridas.

    A busca de benefícios para os servidores públicos depende de um bom diálogo com a administração municipal. Sua chapa tem candidato a prefeito para 2020?

    Não, somos uma chapa independente partidária e deixamos claro que estaremos contra candidatos que apresentarem um projeto desfavorável ao servidor. Incluindo aqui, principalmente, os projetos de privatização, terceirização e precarização do trabalho que são apresentados frequentemente.

    Confira os membros da chapa 2 “Sindicato é Para Lutar”:

    • Presidência: Priscila Guedes da Luz
    • Vice-Presidência: Carlos Alberto Máximo
    • Secretaria Geral: Matheus Morais da Luz
    • Secretaria de Finanças: Gehélison Gomes dos Santos
    • Secretaria de Comunicação e Imprensa: João Jorge Silva Neto
    • Secretaria de Assistência Jurídica: Franciely Joice Medeiros
    • Secretaria de Formação Sindical e Estudos Socioeconômicos: Amanda Rodrigues da Silva
    • Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer: Juliana da Silva Nunes
    • Secretaria das Mulheres: Leiliane Aparecida Félix
    • Secretaria dos Aposentados: Wanderléia Fabricia dos Santos
    • Secretaria de Saúde e Segurança dos Servidores: Geneci Machado
    • Secretaria dos Movimentos Sociais, LGBT, Igualdade Racial e Indígena: Aparecida Lourenço Góes
    • Secretaria da Juventude: Gustavo Rafael das Neves dos Santos
    • Diretoria Sindical: Izabel Aparecida Faustino
    • Diretoria Sindical: Maria de Lourdes Silva Araújo
    • Diretoria Sindical: Bianca Regina Matias Palheiro Sanches
    • Diretoria Sindical: Clodoaldo da Silva
    • Diretoria Sindical: Valdeci Vital Rodrigues
    • Diretoria Sindical – Suplente: Ilde Angela de Oliveira Rossi
    • Diretoria Sindical – Suplente: Nilceia de Matos Silva
    • Diretoria Sindical – Suplente: Sandra Regina Nicolau
    • Diretoria Sindical – Suplente: Tiago Fernandes Batista
    • Diretoria Sindical – Suplente: Claudia Aparecida Amaral
    • Conselho Fiscal: Maria Antonieta Granzotto
    • Conselho Fiscal: Andressa Saqueta Pereira
    • Conselho Fiscal: Gláucia Cristine Bortolossi
    • Conselho Fiscal – Suplente: Lucimara Cabral
    • Conselho Fiscal – Suplente: Núbia Maria do Vale Máximo

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