Homem que tirou foto com corpo da esposa após matá-la é condenado a 29 anos de prisão

Segundo o Ministério Público do Paraná, ele matou a esposa por motivo fútil e com dissimulação.

  •  Foto: Reprodução / Band B

    Um crime bárbaro chocou a cidade de Abatiá, no norte do Paraná, em dezembro do ano passado. Gilmar Ferreira de Souza, de 45 anos, assassinou a própria esposa, Adriana Carvalho Vieira, de 40 anos, com vários golpes de faca. Depois de cometer o feminicídio, ele tirou uma foto ao lado do corpo da vítima e compartilhou em um aplicativo de mensagens.

    O ex-funcionário público foi condenado, no último dia 30, a 29 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio triplamente qualificado. Segundo o Ministério Público do Paraná, ele matou a esposa por motivo fútil e com dissimulação. Ele teria ido até a casa da vítima para assistir a um jogo da Copa do Mundo e convencido o filho do casal a sair. Em seguida, ele trancou as portas da casa e atacou a mulher.

    O corpo de Adriana foi encontrado próximo à porta da cozinha da casa em que o casal morava. Ela tinha um corte na região do pescoço. Gilmar também se feriu no pulso esquerdo e no pescoço, mas sobreviveu. Ele foi preso em flagrante pela Polícia Militar.

    A juíza Elisa Sabino de Azevedo Duarte Silva considerou a “frieza e a brutalidade” do réu ao divulgar as fotos do crime. Ela também determinou que ele pagasse uma indenização de R$ 15 mil ao filho único da vítima, por danos morais.

    “[…] Atendendo-se aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade e considerando a gravidade da conduta e a repercussão na esfera pessoal dos familiares da vítima, condeno réu ao pagamento de, no mínimo, R$ 15.000,00 (quinze mil reais) ao filho único da vítima, a título de danos morais, salientando que, embora sejam imensuráveis os danos causados pela perda da vida de um ente, sobretudo nas circunstâncias recolhidas nos autos, trata-se de valor mínimo, que poderá ser rediscutido perante o Juízo da Execução, a quem também incumbirá verificar a forma de pagamento e a situação financeira do sentenciado”, diz trecho da sentença.

    O crime ocorreu no dia 2 de dezembro do ano passado, em Abatiá, a cerca de 125 km de Londrina (PR). Gilmar e Adriana estavam separados há cerca de dois meses.

    Comentários estão fechados.