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Conforme mostrado pelo Maringá Post neste sábado (1º), a frota de táxis em Maringá tem diminuído, com um encolhimento de 30% em 10 anos. Embora trata-se de uma mudança notória no cenário urbano das cidades e um sinal de novos tempos – com o crescimento dos transportes por aplicativo -, quantificar essas mudanças é fundamental, tendo em vista que o táxi não é um modal descartável.
O Plano de Mobilidade Urbana de Maringá (PlanMob), finalizado em 2022, por exemplo, sugere algumas medidas para ‘reincluir’ a categoria no sistema de transportes da cidade. A que mais chama a atenção – e talvez tenha passado despercebida – é a substituição total da frota por veículos elétricos.
Conforme o documento, a substituição deveria ocorrer até 2033, com o município tomando frente do planejamento e criando um projeto para tal solução. Em nível de Brasil, a ideia ainda caminha de forma tímida.
São Paulo foi a primeira cidade do país que testou um projeto do tipo, com dois testes: um em 2012 e outro em 2017, ambos partindo da iniciativa privada. Na capital paulista, da atual frota de 34 mil táxis, apenas 10 são elétricos, de acordo com informações de entidades que representam a categoria.
Curitiba é quem parece mais avançada na questão. Em junho de 2023, a capital paranaense também iniciou um teste para a inclusão de táxis elétricos para a frota. Em uma parceria com a Renault, o município ofereceu treinamento e a possibilidade dos motoristas alugarem os automóveis em condições especiais. Quem aceitasse aderir aos veículos elétricos ganharia algumas vantagens, como isenção de taxas de outorga, gratuidade na recarga do veículo e ainda dispensa de pagamento do Estacionamento Regulamentado (EstaR).
O projeto ainda está em execução, embora não existam dados oficiais de quantos táxis elétricos circulam na capital.
De acordo com o secretário de Mobilidade Urbana de Maringá, Gilberto Purpur, a substituição da frota em Maringá demanda questões mercadológicas.
“Em relação à eletrificação da frota, atualmente a possibilidade da troca dos veículos depende muito mais da questão mercadológica do que de incentivos municipais. Os veículos elétricos ainda têm custo de aquisição muito superior aos convencionais, baixa autonomia e poucos pontos de recarga, o que não estimulou ainda os permissionários a iniciarem a troca – fato que ocorre também na frota privada e na frota de veículos de locadoras. No Brasil, estima-se que existam apenas 32 mil veículos elétricos, diante de uma frota de 112 milhões de veículos convencionais”, disse.
O PlanMob também sugere a criação de medidas para o aumento da frota. Atualmente com 131 táxis em circulação, o Plano orienta o número de, ao menos, 263 veículos para um equilíbrio na distribuição do transporte. Dados do Plano de Mobilidade apontam que os táxis representam apenas 0,3% dos deslocamentos diários do município atualmente.
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