Implantação das primeiras ações previstas no PlanMob completa 1 ano: o que foi feito até agora?

O Plano de Mobilidade Urbana de Maringá foi concluído em agosto de 2022 e teve suas primeiras medidas executadas em dezembro. Ao Maringá Post, o secretário de Mobilidade Urbana falou sobre os próximos passos.

  • O Plano de Mobilidade Urbana de Maringá foi concluído em agosto de 2022 e teve suas primeiras medidas executadas em dezembro. Ao Maringá Post, o secretário de Mobilidade Urbana falou sobre os próximos passos.

    Por Victor Ramalho

    Neste mês de dezembro, Maringá está completando 1 ano desde a implantação das primeiras medidas previstas no Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob). O estudo é o primeiro do tipo na história da cidade e começou a ser elaborado ainda em 2020, por uma empresa de São Paulo.

    Por meio de pesquisas de campo, estudos qualitativos e audiências públicas, foi elaborado um documento, de mais de 4 mil páginas, com sugestões de ações para coordenar a melhoria da Mobilidade Urbana de Maringá pelos próximos 20 anos. A última audiência pública do PlanMob foi realizada em junho de 2022 e o documento enviado para a Câmara Municipal, para virar lei, em agosto.

    Em dezembro, o município começou a colocar em prática algumas das primeiras medidas previstas, como mudanças no sentido de algumas ruas. Além disso, houve também a implantação dos dois primeiros semáforos para ciclistas na cidade, na esquina da Avenida Pedro Taques com a Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto.

    O olhar para os ciclistas foi uma das principais marcas do PlanMob. Dados apresentados no Plano de Mobilidade, por exemplo, mostram que 52% das pessoas que andam de bicicleta diariamente em Maringá usam o meio de locomoção para chegar até o trabalho, enquanto outros 37% dos usuários usam a bike para ir para a escola.

    Uma das metas do município é ter 50km de ciclovias até 2024. Nos próximos meses, deverá ter início a construção da ciclovia da Avenida Tuiuti, conforme explica o secretário de Mobilidade Urbana de Maringá, Gilberto Purpur.

    “O PlanMob acontece todos os dias. O Plano serviu para coordenar uma série de ações que já colocávamos e ainda planejamos colocar em prática, mas nós já trabalhávamos pela melhoria da Mobilidade em Maringá antes dele. As ciclovias são, de fato, um dos pontos de atenção do PlanMob. Já estamos com o projeto em andamento da ciclovia da Avenida Tuiuti e deveremos ter, nos próximos meses, o planejamento da construção de pelo menos mais uma ciclovia, além das reformas das ciclovias que já existem, que também estão no planejamento”, disse.

    Purpur também falou ao Maringá Post sobre outros eixos que o Plano de Mobilidade contempla, como o Transporte Coletivo. Além do subsídio da tarifa, o documento sugere também a criação de corredores para ônibus em diversas vias, como a Avenida Kakogawa. De acordo com o secretário, o município pretende fazer novas audiências públicas para discutir a implantação dos corredores.

    “O Transporte Coletivo é um eixo que sempre recebeu nossa atenção. Por ano, a cidade paga mais de R$ 40 milhões em subsídios para manter a tarifa baixa e acessível ao usuário final, uma medida que tem se mostrado bastante eficaz. Sobre os corredores para ônibus, planejamos fazer novas audiências públicas para debater a questão com a população. Conforme observamos, essa medida em específico não se mostrou completamente popular, há pessoas que são contra. Não pretendemos fazer essas mudanças mais profundas sem consultar as pessoas”, afirmou.

    No dia 6 de Dezembro, o Governo Federal sancionou uma lei, aprovada pela Câmara dos Deputados, que concede aos municípios um prazo maior para a conclusão do Plano de Mobilidade. Até 2025, todas as grandes cidades do Brasil precisarão ter o documento finalizado.

    Para cidades com mais de 250 mil habitantes, o prazo para conclusão do estudo será 12 de abril de 2024, e para municípios com até 250 mil habitantes, 12 de abril de 2025.

    Foto: Arquivo/PMM

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