Um ato público convocado para as 10 horas desta segunda-feira (2/12) em frente ao Núcleo Regional de Educação de Maringá, na Avenida Carneiro de Leão, marca o início da nova greve nas escolas estaduais.
A paralisação foi aprovada em assembleia estadual da APP-Sindicato no sábado (23/11). Não é possível afirmar qual vai ser a adesão em Maringá. A orientação do sindicato é que professores e servidores fechem as instituições para fortalecer a nova greve nas escolas estaduais.
A mobilização se deve a proposta de reforma na previdência estadual, aos moldes do que foi aprovado pelo Congresso Nacional. O texto se encontra em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
O prazo para apresentação de emendas termina na terça-feira (3/12). A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estadual foi protocolada pelo Governo do Paraná no mês de novembro. Poucos dias após o projeto chegar à Alep, a APP-Sindicato convocou uma assembleia para aprovar a nova greve nas escolas estaduais.
Entre as mudanças, o governo estadual propõe idade mínima de 62 anos para mulheres e de 65 anos para homens, com pelo menos 25 anos de contribuição. Se a proposta for aprovada, a alíquota de contribuição dos servidores aumenta de 11% para 14%.
Em 2019, a despesa com a previdência do funcionalismo alcança R$ 10,1 bilhões. Atualmente, há uma insuficiência financeira (diferença entre contribuições e pagamentos) de R$ 6,3 bilhões para cobrir os gastos com aposentados e pensionistas do Estado.
Sem a reforma, a previsão é que esta despesa ultrapasse R$ 9 bilhões por ano. Com as mudanças propostas, o deficit deve cair para R$ 2,5 bilhões.
O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar) e a Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem) realizam assembleia na manhã desta segunda-feira (2/12) para analisar se também paralisam as atividades. O indicativo de greve, por causa da reforma da previdência, foi aprovado pelas duas entidades.
Se a paralisação na rede estadual de ensino e na Universidade Estadual de Maringá (UEM) forem confirmadas, vai ser a segunda greve nas escolas estaduais e na universidade no ano de 2019.
Na rede estadual de ensino, parte dos professores e servidores paralisou as atividades no dia 25 de junho e as aulas só foram efetivamente retomadas no dia 22 de julho. O motivo da greve foi o impasse em relação ao reajuste salarial. Devido à suspensão das atividades, várias escolas precisaram repor as aulas durante o segundo semestre.
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