Servidores da UEM aprovam indicativo de greve. Categoria é contra a proposta de reforma da previdência

Entre as mudanças, governo estadual propõe idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens

  • Durante assembleia nesta sexta-feira (22/11) no Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), os servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) aprovaram indicativo de greve para o dia 2 de dezembro.

    A decisão foi tomada porque a categoria é contra a proposta de reforma da previdência apresentada pelo Governo do Paraná.

    Além do Sinteemar, a Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem) também vai avaliar um indicativo de greve em assembleia marcada para a terça-feira (26/11). O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), que representa os servidores da rede estadual de ensino, se reúne neste sábado (22/11) em Curitiba para uma assembleia.

    As novas regras para a previdência dos servidores estaduais foram aprovadas pela Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na quarta-feira (20/11). Agora, os partidos devem indicar representantes para uma comissão especial que vai analisar a proposta.

    A reforma da previdência estadual propõe regras parecidas com as que foram aprovadas no Congresso Nacional.

    Entre as mudanças, o governo estadual propõe idade mínima de 62 anos para mulheres e de 65 anos para homens, com pelo menos 25 anos de contribuição. Se a proposta for aprovada, a alíquota de contribuição dos servidores aumenta de 11% para 14%.

    A proposta também estabelece teto para o valor das aposentadorias. Quem entrar no serviço público após a aprovação das regras não poderá receber mais que R$ 5,8 mil, mesmo limite do regime geral da previdência.

    Segundo o Governo, sem a reforma o estado terá sérias dificuldades financeiras no futuro. Em 2019, a despesa com a previdência do funcionalismo alcança R$ 10,1 bilhões. Atualmente, há uma insuficiência financeira (diferença entre contribuições e pagamentos) de R$ 6,3 bilhões para cobrir os gastos com aposentados e pensionistas do Estado.

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