Paranaenses preferem pagar mais por comida de qualidade a economizar em restaurante ruim, diz pesquisa

Material apresenta informações de como o público consome alimentos em bares e restaurantes.

  • Foto: Ilustrativa

    A alimentação fora do lar está em alta. Dados presentes no “Panorama de consumo – refeições fora do lar e delivery”, realizada pelo Sebrae/PR e pela Fecomércio PR, apontam que 72% da população paranaense almoça pelo menos uma vez por mês fora de casa. Na sequência, a segunda refeição mais realizada é o jantar, com 64%.

    A maior frequência também está no meio-dia, com 31% afirmando que almoça cinco ou mais vezes por mês fora do lar. Ao todo, a pesquisa contou com 435 entrevistas de participantes de diferentes regiões do Estado.

    A coordenadora de Turismo, Economia Criativa e Artesanato do Sebrae/PR, Patricia Albanez, vê que os resultados indicam uma tendência, onde os paranaenses estão em busca de uma opção de lazer e de convivência social, além da necessidade de comer no dia a dia.

    “A pesquisa nos auxilia a entender esse cenário, para poder dar suporte a quem empreende, que está planejando novas ideias para o seu negócio, em buscar de melhores formas de se posicionar. Ela vai ajudar quem empreende a entender melhor sobre o comportamento do consumidor”, comenta.

    O levantamento ainda aponta que 50% das refeições fora de casa são por necessidade como, por exemplo, o trabalho. Quando perguntados sobre a frequência de realizar essas atividades, as pessoas que trabalham no formato híbrido possuem maior tendência a se alimentar em um outro ambiente.

    Desse público, 84% fazem o jantar e outros 82% o almoço fora de casa pelo menos uma vez por mês, número maiores de quem possui uma rotina presencial. Nesse público, 66% responderam jantar fora e 78% responderam almoçar fora em um momento do mês. Entre quem trabalha de forma remota, os números são de 64% e 63%, respectivamente.

    Além disso, os encontros costumam ser principalmente em família (74%), seguidos por amigos (53%) e por quem almoça sozinho (39%).

    O coordenador da Câmara Empresarial de Turismo da Fecomércio PR, Giovanni Diego Bagatini, destaca a velocidade das transformações no cenário.

    “Elas impactam diretamente nos negócios, trazendo oportunidades e ameaças. O empreendedor contemporâneo precisa estar antenado às mudanças de comportamento do consumidor para se adaptar e se manter competitivo e até mesmo aproveitar novas oportunidades”, aponta.

    Qualidades desejadas

    O panorama também apresenta os principais aspectos envolvidos na decisão ao escolher um ambiente para visitar. Em uma escala de zero a dez, os pontos mais procurados são a “qualidade da comida” e a “higiene e limpeza”, ambos com nota de 9,5, e o “atendimento ao cliente”, com 9,2.

    “A utilização de tecnologia e as inovações para simplificar cardápios, a elaboração de pratos com poucos ingredientes, mas de qualidade, além da adoção de processos e equipamentos que auxiliem no volume, na logística do atendimento, são tendências que podem ser aderidas pelos estabelecimentos”, explica Patricia Albanez.

    Quanto aos itens que auxiliam na escolha do estabelecimento, as principais respostas foram sobre “produtos saudáveis” (8,5), “responsabilidade social” (8,2), “sustentabilidade” (8,1) e “origem local dos insumos” (8,0).

    Conforto

    A pesquisa questionou, ainda, sobre as características mais buscadas nos locais. Nesse ponto, o destaque foi para o “rodízio” (8,8), seguido por “buffet” (8,7) e “opções à la carte” (8,1) com as maiores preferências. As opções de “pratos executivos ou feitos” (7,9) e “cardápios em QR code” (6,8) aparecem na sequência.

    Tíquete por refeição

    Sobre os valores médios gastos em alimentação fora do lar, o destaque vai para o período da noite, com o jantar e o happy hour tendo os maiores valores, sendo R$ 76,00 e R$ 64,40, respectivamente. A média de todas as refeições foi de R$ 51,54.

    Pedidos para entrega

    O “Panorama de consumo – refeições fora do lar e delivery” também apresenta o comportamento dos paranaenses em relação a pedidos de entrega, onde 18% afirmam pedir alimentos de aplicativos, como iFood e Rappi, cinco ou mais vezes por mês. A maior parcela (30%) pede entre uma e duas vezes mensalmente e 22% não consome o serviço.

    A entrega própria pelos estabelecimentos, com pedidos via telefone, WhatsApp ou aplicativo local, teve números similares, com 34% afirmando pedir entre uma e duas vezes. Outros 25% afirmaram não realizar pedidos nesse formato.

    “Não há uma receita de sucesso, mas olhar para este quadro de consumo dá ideia de nichos e oportunidades que têm maior chance de sucesso diante do perfil do consumidor no pós-vacina da covid-19”, explica Patricia Albanez.

    Nesse modelo, os atributos mais buscados são as “opções de pagamento” (8,9), “atendimento ao cliente” (8,5), “precisão do pedido” (8,4) e “embalagem adequada “(8,4).

    Quando questionados sobre os pontos mais valorizados, os clientes buscam por “higiene e limpeza” (9,3), “qualidade da comida” (9,2) e atendimento ao cliente (9,0).

    Fonte: ASN PR / Eduardo Pereira

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