“Quero levar prosperidade para as pessoas”, afirma Edson Scabora, pré-candidato a prefeito de Maringá

Em entrevista ao Maringá Post, o atual vice-prefeito fez uma avaliação positiva da administração municipal e afirma querer dar continuidade em ações da gestão Ulisses Maia, mas deixando a sua marca: “É uma gestão que está dando certo”. 

  • Em entrevista ao Maringá Post, o atual vice-prefeito fez uma avaliação positiva da administração municipal e afirma querer dar continuidade em ações da gestão Ulisses Maia, mas deixando a sua marca: “É uma gestão que está dando certo”. 

    Por Victor Ramalho

    Raramente é possível encontrar Edson Scabora (MDB) em seu gabinete, no Paço Municipal. Tido como um vice-prefeito bastante atuante, ele está sempre percorrendo, pessoalmente, pelas secretarias municipais. Desde o começo do ano o emedebista acumula, além da função de vice, o cargo de secretário de Aceleração Econômica e Turismo de Maringá.

    A correria é comemorada por Scabora uma vez que, na visão do atual vice-prefeito de Maringá, o cargo não é decorativo. “Eu estou trabalhando desde 2017. O vice-prefeito em Maringá não é uma figura decorativa, é uma figura ativa. Eu, por exemplo, demando com secretários. Já naquela época me foi feito o convite para ser secretário, não quis por querer experimentar a função de vice, estar percorrendo todas as secretarias e, no começo do ano, assumimos a Secretaria de Aceleração Econômica e Turismo. Imaginamos que todo esse trabalho meio que alicerça o nosso caminho para que tenhamos essa substância eleitoral”.

    Ao fundo desse trabalho há um objetivo: ser o candidato da atual administração na corrida eleitoral de 2024. Edson disputa o apoio do prefeito Ulisses Maia (PSD) junto com outros aliados da atual gestão, alguns deles presentes no secretariado, como o diretor do Procon Flávio Mantovani (Solidariedade). Scabora, no entanto, considera que ainda é cedo para haver qualquer definição. Ele quer usar o período pré-eleitoral que ainda resta para “pavimentar” o seu nome rumo a disputa do ano que vem.

    “Eu e o Ulisses temos uma parceria muito grande e harmoniosa, ganhamos as eleições juntos. Ela persiste até hoje, mas o Edson Scabora precisa ser um nome viável eleitoralmente, as pessoas precisam gostar de mim, não apenas do Ulisses. Acredito que, nesses 7 anos, nós construímos uma cidade melhor e essa parceria entre prefeito e vice foi muito boa. Agora, seguimos construindo, vemos algumas pesquisas, estamos indo bem e essa viabilidade eleitoral do meu nome seguirá sendo construída”.

    Edson Scabora foi o entrevistado desta segunda-feira (2) da Série de Entrevistas do Maringá Post com os pré-candidatos à Prefeitura de Maringá. Questionado sobre qual projeto gostaria de implementar para deixar a sua ‘marca’ na administração, o pré-candidato afirmou querer levar “prosperidade” para as pessoas.

    “Algo que eu ainda gostaria de fazer, deixar a minha marca caso eu venha a vencer as eleições, é levar prosperidade para as pessoas. Prosperidade não falo apenas de dinheiro, mas de qualidade de vida. Fazer com que todos esses setores melhorem cada vez mais e isso tudo se desenvolva nessa tal de prosperidade. As pessoas precisam ser prósperas na melhor cidade do Brasil em qualidade de vida. Já estamos na melhor cidade do Brasil, mas talvez ainda não para todo mundo”, afirmou.

    Ainda na entrevista, Scabora fez uma avaliação da atual administração e falou sobre eixos que outros pré-candidatos apontam como problemáticos na cidade. Confira a entrevista completa abaixo:

    • Neste momento, como está a questão política? Vemos alguns nomes ‘disputando’ a indicação do atual prefeito para o ano que vem. Já ‘batemos o martelo’ que o senhor será candidato no ano que vem?

    Edson Scabora: “Eu e o Ulisses temos uma parceria muito grande e harmoniosa, ganhamos as eleições juntos. Ela persiste até hoje, mas o Edson Scabora precisa ser um nome viável eleitoralmente, as pessoas precisam gostar de mim, não apenas do Ulisses. Acredito que, nesses 7 anos, nós construímos uma cidade melhor e essa parceria entre prefeito e vice foi muito boa. Agora, seguimos construindo, vemos algumas pesquisas, estamos indo bem e essa viabilidade eleitoral do meu nome seguirá sendo construída”.

    • Como tem sido as conversas com outras legendas? Já temos o desenho de uma possível coligação pensando em 2024?

    Edson Scabora: “Já existem, mas muito superficialmente. O momento agora seria de ganhar substância eleitoral. Acredito que ainda seja muito cedo para fechar acordos com os partidos. O momento agora é de ganhar a confiança dos eleitores. Chegará o momento que sentaremos para conversar (com outras legendas)”.

    • De forma geral, que avaliação o senhor faria da gestão pública em Maringá atualmente?

    Edson Scabora: “Maringá evoluiu muito com a nossa gestão e avançamos em todos os setores. Um exemplo é a fila por vagas em creches, onde pegamos Maringá com mais de 5 mil crianças na fila e hoje, com o credenciamento de vagas na rede privada, essa fila praticamente não existe mais. Ainda existem algumas crianças na fila, mas por preferência dos pais, que escolhem esperar por uma vaga em uma escola municipal. Outro exemplo é que Maringá, durante muitos anos, não havia construído nenhuma habitação social, por ser uma cidade cara. Nós encontramos uma solução para isso. Tínhamos vários vazios urbanos na cidade, de particulares esperando a especulação imobiliária e nós viabilizamos nesses espaços o “Minha Casa, Minha Vida”. São dois exemplos de coisas que eram impossíveis, mas fomos lá e fizemos. Esses exemplos mostram que a atual gestão busca soluções, inovamos na maneira de passar e encontramos outras estratégias, resolvendo vários problemas da cidade. Talvez essa gestão seja lembrada por isso futuramente, por ter olhado para problemas do passado e encontrado maneiras inovadoras de resolvê-los”.

    • Na visão do senhor, qual o maior problema que a cidade enfrenta atualmente? E como fazer para resolver isso?

    Edson Scabora: “O que a população ainda reclama é a questão da Segurança, que é um setor que não está muito nas mãos do município, mas sim do Estado e da União. A Segurança Pública é responsabilidade do Estado, através da Polícia Militar, Polícia Civil e afins. O município é um ente complementar a isso, através da Guarda Municipal e também de ações de investimentos em tecnologia. A nossa Guarda melhorou muito nisso, nós investimos na Guarda, armamos a Guarda, foram mais de 800 horas de treinamentos. Apesar de hoje a Guarda estar armada, por exemplo, nunca houve um incidente com armamento, dada a qualidade do treinamento recebido por nossos agentes. Além disso, também investimos muito na questão da tecnologia, com as câmeras de reconhecimento facial. Hoje temos mais de 70 delas espalhadas pela cidade. Tudo isso passa a ser uma função nossa e é isso que estamos fazendo, investindo na Guarda Municipal e em tecnologia”.

    • Nas conversas com outros pré-candidatos, temos observado todos eles apontarem a Saúde e o Transporte Coletivo como os principais problemas da cidade atualmente. Acabam sendo temas bem atuais. Na visão do senhor, como tem sido o trabalho da administração nesses dois eixos? Há onde evoluir?

    Edson Scabora: “Na Saúde, antes da pandemia, nós praticamente já havíamos zerado essas filas. Uma ou outra especialidade ainda havia alguma coisa, mas por conta da ausência de recursos humanos, no caso, médicos nessas especialidades. Veio a pandemia, dois anos sem a possibilidade de fazer procedimentos além da Covid-19. Obviamente isso represou e nós tínhamos aí, até voltar às consultas, cerca de 70 mil pessoas nas filas. Nós avançamos muito com os mutirões e acreditamos que até o fim do ano já estejamos nos patamares pré-pandemia. Então não foi uma questão que a gestão deixou de fazer, foi algo nacional, determinações do Ministério da Saúde”.

    “Sobre o transporte público, trata-se de uma crise mundial, é um setor que passa por uma transição muito complicada. Aqui em Maringá, nós fazemos a nossa parte, exigindo que a empresa renove a frota, mas nós também precisamos de uma tarifa mais baixa. Nos últimos anos, tivemos inclusões de gratuidades na passagem em nível nacional, como idosos, estudantes e afins. Acontece que quem paga essas gratuidades é a população. Nós achamos justo os estudantes, idosos e deficientes terem a gratuidade, mas não achamos justo que o público geral pague a conta. Pensando nisso, nossa gestão retirou do custo da passagem essas gratuidade e isso, por ano, custa cerca de R$ 40 milhões ao município, o que torna a passagem mais barata. É através do subsídio, fazendo com que a passagem fique cada vez mais barata, que resolveremos o problema do transporte público. É um setor que também avançou muito em nossa gestão, colocando a passagem mais barata e o resultado disso é o aumento no número de passageiros”.

    • Já conseguimos adiantar para a população alguma proposta concreta do senhor como chefe do Executivo, caso eleito?

    Edson Scabora: “Algo que eu ainda gostaria de fazer, deixar a minha marca caso eu venha a vencer as eleições, é levar prosperidade para as pessoas. Prosperidade não falo apenas de dinheiro, mas de qualidade de vida. Fazer com que todos esses setores melhorem cada vez mais e isso tudo se desenvolva nessa tal de prosperidade. As pessoas precisam ser prósperas na melhor cidade do Brasil em qualidade de vida. Já estamos na melhor cidade do Brasil, mas talvez ainda não para todo mundo. Talvez isso ainda seja o que precisa ser melhorado. Se eu fosse deixar uma marca para a nossa cidade, seria essa: prosperidade, que é formada por um conjunto de ações”.

    “São ações que já vêm sendo implantadas na cidade. Sou candidato da atual gestão, estou na gestão, então todas essas ações que a gente vem fazendo visa essa prosperidade. São ações na Saúde, na Educação, no Transporte Público, na Segurança, todas essas ações levam a essa prosperidade de que nós falamos. Talvez, obviamente, o modo de gerenciar essa gestão seja um pouco diferente do Ulisses, cada um tem seu jeito de ser, mas elas são uma continuidade dessa gestão que está dando certo, somos a melhor cidade do Brasil para se viver. Claro que existem ainda alguns problemas e eu quero atuar na busca por soluções para eles, através de outra visão sobre o problema e fazer com que as pessoas que moram em Maringá tenham cada vez uma qualidade de vida melhor. É isso que trará prosperidade para as pessoas. Estamos conseguindo criar novos setores econômicos na cidade, a Maringá Turística é uma dessas tentativas, é mais emprego, mais renda, por se tratar de um setor muito capilar, existem outros setores que ganham dinheiro com o turismo. Cuidar da economia é primordial, ela é a alma de uma cidade, tudo depende da economia”.

    Sobre a Série de Entrevistas do Maringá Post com os pré-candidatos a prefeito

    Iniciada no dia 11 de setembro, a Série de Entrevistas do Maringá Post se propõe a ouvir todos os pré-candidatos à Prefeitura de Maringá. Dois pré-candidatos serão entrevistados por semana, com as reportagens indo ao ar nas segundas e quintas-feiras, sempre às 12h. Até o momento, já foram ouvidos Homero Marchese (Republicanos)Humberto Henrique (Solidariedade), Sidnei Telles (Avante), Doutor Batista (União Brasil), Flávio Mantovani (Solidariedade) e Professora Ana Lúcia (PDT).

    A ordem das entrevistas foi definida a partir da disponibilidade de agenda dos entrevistados e o calendário completo das publicações do mês de setembro pode ser conferido neste link. A agenda das entrevistas do mês de outubro será divulgada nos próximos dias.

    Foto: Aldemir de Moraes/Arquivo/PMM

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