Em votação tumultuada, Câmara de Maringá rejeita criação do feriado municipal da Consciência Negra

Com a ausência de três vereadores, projeto foi rejeitado em primeira discussão por 6 votos a 5. No plenário, representantes de movimentos sociais vaiaram os vereadores.

  • Com a ausência de três vereadores, projeto foi rejeitado em primeira discussão por 6 votos a 5. No plenário, representantes de movimentos sociais vaiaram os parlamentares.

    Por Victor Ramalho

    A Câmara de Maringá rejeitou, na manhã desta terça-feira (11), a criação do Feriado Municipal da Consciência Negra, que seria instituído em 20 de novembro. O projeto, de autoria dos vereadores Professora Ana Lúcia (PDT), Belino Bravin (PSD), Adriano Bacurau (Rede) e Doutor Manoel (PL) foi reprovado por 6 votos 5.

    A sessão foi marcado por um princípio de tumulto. Antes do início das votações, membros de movimentos sociais alegaram terem sido impedidos de entrar no plenário. Acontece que todos os lugares já estavam ocupados e há uma limitação de público na Casa, por orientação do Corpo de Bombeiros.

    Antes da votação do feriado, um projeto que instituía as bases salariais para motoristas da rede municipal também concentrou um bom público. Pessoas que estavam lá para acompanhar este projeto deixaram o plenário ao fim da votação, pedindo a entrada dos interessados em acompanhar a votação do projeto da Consciência Negra.

    Vereadores divididos e vaias ao final da sessão

    O Maringá Post já havia mostrado, ao longo das últimas semanas, que o projeto estava longe de ser unânime entre os parlamentares. Os únicos favoráveis ao texto foram os autores mais o vereador Mário Verri (PT). Votaram contra o projeto Rafael Roza (Solidariedade), único que já havia manifestado o voto publicamente, além de Sidnei Telles (Avante), Paulo Biazon (União Brasil), Altamir da Lotérica (Podemos), Alex Chaves (MDB) e Onivaldo Barris (União Brasil).

    Três vereadores faltaram na votação: Maninho (PDT), alegando problemas de saúde e Delegado Luiz Alves (Republicanos), que estava em serviço pela Polícia Civil. Cris Lauer (PSC) está de atestado médico.

    Ao fim da sessão, representantes de movimentos sociais que apoiavam o projeto vaiaram os vereadores. Um dos alvos em particular foi Biazon que, durante a sessão, pediu o uso da palavra para dizer que “independente do voto”, se solidarizava com a luta dos colegas.

    Vaias também foram direcionadas a representantes da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) que estavam presentes no plenário. Ao longo das últimas semanas, a entidade se manifestou contrária a criação do feriado e entregando, inclusive, um manifesto ao presidente da Câmara, Mario Hossokawa (Progressistas).

    Legenda: Representantes de movimentos sociais direcionam vaias a membros da Acim, já ao fim da sessão | Foto: Colaboração/Maringá Post

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