Detentos do regime semiaberto são presos vendendo drogas em escola desativada, em Maringá

Todos os envolvidos foram reconduzidos a 9°SDP e responderão por novos crimes, entre eles tráfico de drogas e associação criminosa.

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    Na tarde desta terça-feira (22), uma operação da Guarda Civil Municipal de Maringá resultou na apreensão de uma significativa quantidade de drogas e na prisão de quatro detentos do regime semiaberto.

    A ação ocorreu na antiga sede da Escola Municipal Arivaldo Moreno, no Jardim Alvorada, que havia sido cedida para refeições de internos do sistema prisional, mas vinha sendo utilizada como ponto estratégico para o preparo, armazenamento e distribuição de entorpecentes.

    Durante a abordagem, os agentes apreenderam 240 invólucros de maconha já fracionadas e embaladas para venda ou possível preparados para serem inseridos dentro do presídio,44 tabletes de maconha de tamanhos variados, totalizando 4,7 kg de maconha, 23 aparelhos celulares, 01 simulacro, 03 balanças de precisão. Parte dos entorpecentes estava escondida em locais de difícil acesso, sendo necessário o uso de cães farejadores para auxiliar nas buscas.

    Segundo o secretário municipal de Segurança Pública, Delegado Luís Alves, a operação foi o resultado de um trabalho de inteligência e monitoramento que vinha sendo realizado há semanas, com base em denúncias e indícios de atividade criminosa. “Esses presos estavam sendo beneficiados com uma oportunidade de reintegração por meio do trabalho, mas preferiram continuar a serviço do crime, aproveitando intervalos de almoço e saídas externas para abastecer o tráfico e até enviar drogas para dentro do presídio”, afirmou Delegado Luiz Alves.

    Ainda de acordo com o secretário, os agentes passaram a monitorar atentamente os detentos após notarem movimentações atípicas e tentativas de violação dos lacres instalados na estrutura do prédio. “Mesmo sob benefício, eles não atuam sem supervisão. Crime não vai passar despercebido pela Guarda Civil”, completou.

    A forma como as drogas estavam acondicionadas também chamou a atenção das equipes. Parte das porções havia sido adaptada para ser transportada camuflada no corpo dos detentos, evidenciando a ação de um grupo com organização e método. “Eles recebiam as drogas na rua, preparavam durante o expediente e distribuíam para dentro e fora do sistema prisional”, detalhou o secretário.

    Todos os envolvidos foram reconduzidos a 9°SDP e responderão por novos crimes, entre eles tráfico de drogas e associação criminosa. A antiga escola, por sua vez, foi novamente lacrada e passará por uma reavaliação de segurança.

    Fonte: Comunicação Social – Secretaria de Segurança/GCM

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