Com obra atrasada, Câmara de Maringá vai multar empresa responsável pela construção dos novos gabinetes

De acordo com o presidente do legislativo, Mário Hossokawa (Progressistas), construtora responsável está com dificuldade em conseguir frente de trabalho para o andamento da reforma. Câmara não descarta aluguel de outro prédio para acomodar novos vereadores.

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    A Câmara de Maringá vai aplicar uma multa a empresa responsável pela construção dos novos gabinetes. Em agosto, o legislativo iniciou uma obra prevendo oito novos gabinetes para acomodar os parlamentares que tomarão posse em 2025, uma vez que a Câmara passará de 15 para 23 representantes.

    A multa foi citada pelo presidente do legislativo, Mário Hossokawa (Progressistas), que concedeu entrevista ao Maringá Post nesta terça-feira (19). De acordo com Mário, o cronograma da reforma está atrasado e a empresa alega dificuldade em contratar pessoal terceirizado para o andamento da intervenção.

    “Hoje, estamos com a obra atrasada, a empresa não está conseguindo cumprir o cronograma. A empresa vencedora do contrato, que é de Curitiba, está com dificuldades e contratar empresas terceirizadas aqui de Maringá para dar andamento na obra, pois não seria possível trazer os profissionais de Curitiba”, disse.

    Pela primeira vez desde o início da obra, que contempla ainda novas vagas de estacionamento, elevadores e reforma nos banheiros, a Câmara Municipal trabalha com a possibilidade da reforma não ser concluída antes do início do próximo ano legislativo. Diante disso, não está descartada a possibilidade de locação de um prédio, nas proximidades da Casa de Leis, para acomodar temporariamente os novos vereadores, até a reforma ser concluída.

    “A obra está atrasada, temos uma preocupação muito grande e, diante disso, já estamos analisando uma situação que a gente não queria, que é o de alugar um salão aqui próximo da Câmara para, se houver necessidade, fazer os gabinetes ali até que a obra seja concluída”, afirmou Hossokawa.

    Por contrato, as sanções em caso de descumprimento iniciam com o valor de 0,5% da intervenção, o que daria algo em torno de R$ 20,5 mil. O presidente da Câmara, no entanto, não descartou a possibilidade de aplicar novas multas futuramente.

    “Nós vamos aplicar uma multa para a empresa. Essa desculpa de que não está havendo gente, de que eles não aguentam trabalhar três turnos com a equipe reduzida não pode acontecer, pois eles assinaram um contrato com um valor que não é baixo, onde está previsto o pagamento de horas-extras, adicional noturno, para que a obra fosse concluída e trabalhando em três turnos. Eles tinham a obrigação de cumprir e, por isso mesmo, nós vamos aplicar uma multa. Se continuar assim, vamos continuar aplicando multas também”, resumiu.

    As obras no prédio da Câmara de Maringá tiveram início em agosto deste ano. Por contrato, serão 726m² de ampliação no prédio, 394m² de reforma e 12,8m²de demolição. Conforme os projetos, disponíveis no Portal da Transparência da Câmara, a construtora responsável pela obra deverá construir oito novos gabinetes, que comportarão as atividades dos novos vereadores e suas respectivas equipes.

    Além dos gabinetes, a intervenção inclui um foço de elevador, bem como sua instalação, pensando em condições de acessibilidade no prédio. A obra também inclui a criação de oito novas vagas na garagem do legislativo, adequações nos sistemas elétricos e criação de sistemas de climatização, para instalação de ar-condicionados, nos novos gabinetes.

    A empresa vencedora é de Curitiba, oferecendo uma proposta de R$ 4,1 milhões pela reforma, que tinha prazo máximo de 5 meses para ser concluída. O Maringá Post não conseguiu contrato com a construtora para comentar o assunto. O espaço segue aberto para manifestações.

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