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Eles herdaram o nome e, em um dos casos, até mesmo número de urna dos pais. Faltando cerca de 15 dias para as eleições, Diogo Altamir e Júnior César Bravin encaram sua primeira disputa ao legislativo maringaense, com a missão de herdar as cadeiras dos pais, no caso, Altamir da Lotérica e Belino Bravin, respectivamente.
Dois dos nomes mais longevos da história da Casa de Leis de Maringá, Altamir e Bravin desistiram de seguir com suas campanhas para a reeleição e lançaram os filhos na disputa. No site da Justiça Eleitoral, a candidatura de Bravin ‘Pai’ já aparece com o status de ‘Inapta’ por renúncia do próprio candidato, com Bravin ‘Filho’ concorrendo com o mesmo nome e número de urna.
No caso de Altamir, embora a candidatura esteja indeferida, ainda está dentro do prazo de recurso, o que não deve ocorrer, uma vez que o agora ex-candidato já usa as próprias redes sociais para pedir voto para o filho, Diogo Altamir, candidato pelo mesmo PSDB, mas com um número de urna diferente.
Altamir dos Santos e Belino Bravin são réus em um processo de nepotismo que tramita na Justiça há quase 20 anos e que condenou, ao todo, 9 vereadores e ex-vereadores. Em agosto, por uma decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), ambos voltaram a ter os direitos políticos suspensos. Embora a defesa buscasse reverter a decisão, ambos se anteciparam em abrir mão das candidaturas. O Maringá Post procurou os dois vereadores para comentar o assunto, mas não teve retorno.
As campanhas de ‘pai e filho’ começaram para valer nesta semana. Em uma rede social, Altamir da Lotérica publicou uma foto de um santinho do filho, onde ele também aparece, pedindo o voto da comunidade.
“Amigos de Maringá, a mesma confiança que vocês depositaram em mim ao longo dos anos, hoje peço para o meu filho. Ele segue os mesmos valores e princípios que sempre defendi. […] Conto com seu apoio para levar adiante nosso compromisso de trabalhar por uma cidade melhor para todos. Vamos juntos nessa caminhada”, escreveu.
Diogo Altamir é empresário e tem 20 anos de idade, de acordo com a Justiça Eleitoral. Até o momento, recebeu R$ 6,6 mil em recursos para a campanha, sendo R$ 4,1 mil depositados do próprio bolso e outros R$ 2 mil vindos do diretório nacional do PSDB.
Belino Bravin, que está no legislativo há exatas duas décadas, renunciou à reeleição na última terça-feira (17), homologando na Justiça Eleitoral a substituição de sua candidatura pela do filho, Júnior César de Oliveira Bravin, de 43 anos, que também será apenas ‘Bravin’ nas urnas, com o mesmo número do pai.
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