Maringá: Patrimônio dos candidatos à Prefeitura ultrapassa os R$ 30 milhões; Valor mais do que dobrou desde a última eleição

Na última vez em que se candidataram a uma disputa eleitoral, os candidatos ao Executivo tinham, somados, um patrimônio de R$ 15,5 milhões.

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    O patrimônio dos candidatos à Prefeitura de Maringá mais do que dobrou, na comparação com a última vez que disputaram uma eleição. Os dados foram levantados pelo Maringá Post, após uma consulta ao Portal de Divulgação de Contas e Candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    O levantamento não leva em consideração o patrimônio do candidato Pastor José Santos (Mobiliza), uma vez que, até a manhã desta segunda-feira (12), a candidatura dele não estava registrada na Justiça Eleitoral.

    Com isso, os candidatos analisados foram Edson Scabora (PSD), Humberto Henrique (PT), Evandro Oliveira (PSDB) e Silvio Barros (Progressistas). Dos quatro, apenas Evandro Oliveira esteve presente como candidato a prefeito na eleição de 2020. Scabora participou do mesmo pleito, mas na condição de candidato a vice-prefeito da chapa de Ulisses Maia (PSD). Silvio e Humberto concorreram ao Executivo pela última vez em 2016.

    Somados, os quatro candidatos tinham um patrimônio de R$ 15,5 milhões na última vez que disputaram uma eleição. Neste ano, as declarações de bens deles já ultrapassam os R$ 31 milhões.

    Entre os quatro candidatos, quem teve o maior crescimento de patrimônio foi Humberto Henrique. Em 2016, de acordo com a prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral, o candidato tinha pouco mais de R$ 696 mil em bens declarados. Em 2024, o valor subiu para R$ 1,8 milhão, um crescimento de 158% em oito anos. O maior bem declarado pelo candidato neste ano é um imóvel em alvenaria, no valor de R$ 700 mil.

    Já o candidato com a maior quantidade de posses é Evandro Oliveira (PSDB), que mais que dobrou o seu patrimônio em relação a disputa de 2020. Naquela eleição, o empresário havia declarado R$ 12 milhões em bens. Neste ano, declarou R$ 25 milhões, a maior parte – cerca de R$ 6,9 milhões – relativa a sua participação em uma universidade privada.

    Edson Scabora (PSD) teve um crescimento de patrimônio de 132% em relação a 2020. Naquele ano, como candidato a vice-prefeito, declarou um patrimônio de R$ 1,3 milhão, de acordo com a Justiça Eleitoral. Agora, o candidato da atual administração declarou R$ 3 milhões em bens.

    Silvio Barros (Progressistas) foi quem teve o menor crescimento de capital, de apenas 3% em oito anos. Quando foi candidato ao Executivo em 2016, declarou R$ 1.529.988,47. Em 2024, sua declaração foi de R$ 1.579.750,74 em bens. Veja os bens declarados de cada candidato, na última eleição e na atual, abaixo:

    AnoCandidatoBens na última eleiçãoBens declarados em 2024Variação
    2016Humberto Henrique (PT)R$ 696.338,89R$ 1.815.048,04158%
    2016Silvio Barros (Progressistas)R$ 1.529.988,47R$ 1.579.750,743,20%
    2020Edson Scabora (PSD)R$ 1.328.279,79R$ 3.026.742,40132%
    2020Evandro Oliveira (PSDB)R$ 12.081.943,28R$ 25.064.530,95108%

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