A Câmara de Maringá criou uma comissão especial para investigar a construção do Hospital da Criança de Maringá. A iniciativa partiu do vereador Odair Fogueteiro (PHS), que também vai presidir a comissão.
O relator vai ser o vereador Chico Caiana (PTB) e a comissão vai ter como membros os vereadores Dr. Jamal (PSL), Flávio Mantovani (Cidadania) e William Gentil (PTB). Também é possível que o vereador Belino Bravin (PP) participe dos trabalhos.
“Vamos apurar o andamento dos processos administrativos direcionados à construção do Hospital da Criança e propor medidas de caráter legislativo ou administrativo para a continuidade das obras”, afirmou Fogueteiro.
A preocupação dos vereadores com a construção do Hospital da Criança teve início depois do secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, afirmar em reunião promovida pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), que não haveria recursos suficientes para a conclusão do empreendimento na cidade em 2019.
Segundo os vereadores, houve outro agravante que motivou a criação da comissão. Foi a notícia de que uma das empresas responsáveis pelas obras teria deixado de pagar salários a funcionários que atuavam nas instalações das ferragens do Hospital da Criança.
Também segundo informou a Câmara de Maringá, um grupo de funcionários chegou a fazer um protesto em frente à Agência do Trabalhador de Maringá para cobrar o pagamento do salário referente ao mês de abril.
A empresa que teria atrasado os salários seria de Curitiba e é uma terceirizada da Organização Mundial da Família (WFO), responsável pela construção do hospital.
A ONG assinou um convênio de R$ 158,6 milhões com a Prefeitura de Maringá, com recursos do Ministério da Saúde e do Governo do Estado para uma obra de 23 mil m².
O convênio chegou a ser alvo de investigação do Ministério Público, mas o caso foi arquivado.
Quando pronto, segundo informações divulgadas no lançamento da obra, o Hospital da Criança vai oferecer 21 especialidades da pediatria, como oncologia, ortopedia, cardiologia, gastroenterologia e endocrinologia. A estrutura é voltada para o atendimento de um público de 4 milhões de pessoas das regiões Norte e Noroeste do Estado.
“Vamos fazer nosso papel de fiscalização e ver quem não está fazendo a sua parte: federal, estadual ou municipal”, afirmou Fogueteiro. A Câmara de Maringá também divulgou no YouTube uma entrevista com o presidente da comissão especial. Assista abaixo.
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