Representantes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) e da empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) foram convocados pelos vereadores a comparecer à Câmara Municipal na quinta-feira (12/7) para justificar o índice de aumento de 8,3% no preço da tarifa de ônibus.
O pedido partiu do vereador Homero Marchese (Pros) e foi feito com urgência para garantir que as explicações cheguem antes do recesso Legislativo.
O reajuste de 8,3% foi anunciado na quinta-feira (5/7), dois dias após o prefeito Ulisses Maia (PDT) ter enviado nota à imprensa informando que o aumento solicitado pela TCCC estava descartado. Com o aumento, a tarifa no Cartão Passe Fácil subiu de R$ 3,60 para R$ 3,90.
Entre as maiores cidades do Paraná, Maringá tem a terceira tarifa mais cara, atrás de Curitiba e Londrina, onde as passagens custam R$ 4,25 e R$ 3,95 respectivamente. Em Ponta Grossa, a tarifa do transporte coletivo é de R$ 3,80.
Para Marchese, não ficou explícito qual a base utilizada para o reajuste do transporte coletivo em Maringá. “Fica dando a impressão de que a prefeitura tem vergonha de justificar porque está aumentando e não apresenta as informações completas”, afirma.
O vereador refere-se as planilhas de custos que compõe a tarifa da TCCC, que até as 16 horas desta terça-feira (10/7) ainda não tinha sido disponibilizadas na página da Semob na internet. “A gente tem a planilha só de 2016. Não tem as planinhas desse ano e do ano passado, os dados são públicos e precisam ser divulgados.”
Marchese lembrou que o reajuste na tarifa do transporte coletivo é o dobro do anunciado pelo Governo do Estado para o transporte metropolitano, de 4,03%. “A fórmula para calcular o reajuste da tarifa depende do reajuste dos funcionários da TCCC e esse reajuste ainda não foi resolvido”, pondera.
Em reportagem divulgada pelo programa Tribuna da Massa, da Rede Massa, o vereador Jean Marques (PV), líder do prefeito na Câmara, afirmou que não teve acesso às planilhas e também tem interesse em conhecer as justificativas para o segundo aumento do ano no preço da tarifa de ônibus.
No site da prefeitura onde deveria constar esse material, só se acham as planilhas de 2013 à 2016. Os anos de 2017 e os dois aumentos de 2018 não estão disponíveis.
A gerente de transporte coletivo, Fabiane Prabella, explica que a planilha que especifica os itens que compõe o preço da passagem é composta por uma fórmula já prevista em contrato. “São diversos itens que formam o preço como o acordo coletivo, o valor anterior, o valor do diesel, o índice geral de preço e muitos outros”.
Fabiane afirmou que ainda nesta terça-feira (10/7), as planilhas serão divulgadas.
Às 18h15 desta terça-feira (10/7) a assessoria de imprensa da Prefeitura de Maringá encaminhou ao Maringá Post os links das planilhas de 2017 e de 2018.
EstaR terá reajuste de 9,3% em agosto
A Prefeitura de Maringá anunciou que o preço do Estacionamento Rotativo (EstaR), válido por uma hora, vai subir 9,3%. O valor passa dos atuais R$ 1,60 para R$ 1,75, tornando-se o segundo estacionamento mais caro entre as maiores cidades do Paraná.
O decreto foi publicado na sexta-feira (6/7) e a medida começa a valer no dia 6 de agosto, trinta dias após a publicação.
Entre as cidades mais populosas do Estado, apenas Curitiba tem o estacionamento mais caro que Maringá. Na capital paranaense, uma hora de estacionamento custa R$ 2.
Porém, o valor anunciado pela Prefeitura de Maringá é 2,9% maior do que o praticado em Londrina. Na segunda cidade mais populosa do Estado, uma hora de estacionamento rotativo custa R$ 1,70. Em Ponta Grossa, a hora do estacionamento custa R$ 1.
O diretor de Fiscalização da Secretaria de Mobilidade Urbana, Marcelo Filite, diz que o reajuste ficou dentro da faixa de preço de outras cidades do Estado. “O que houve foi uma readequação no valor. É em Londrina e Curitiba que Maringá tem que se espelhar. Ponta Grossa vem atrás e com certeza irá se espelhar em Curitiba e Maringá para fazer esse processo.”
Segundo ele, desde 2015 não havia nenhum tipo de reajuste e que foi feito um levantamento de toda a inflação acumulada no período.
Cerca de 5,2 mil vagas são monitoradas pelo EstaR em Maringá. Para facilitar o acesso do contribuinte, a Semob pretende informatizar o sistema de estacionamento via aplicativo.
De acordo com Filite, uma licitação deverá ser aberta para contratar o serviço e a expectativa é que, apesar dos prazos legais, o sistema esteja pronto até o início do próximo ano.
Para Filite, com o aplicativo o motorista poderá fazer todas as operações pela internet e novas vagas podem ser abertas para atender a demanda da cidade. “Em localidades como as avenidas Pedro Taques e Cerro Azul o contribuinte está pedindo a instalação do EstaR. A partir desse processo de informatização, a gente consegue incluir mais vagas”, explica.
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