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Ao comentar o atual momento do setor da construção civil em Maringá e região, o presidente do Sinduscon Paraná Noroeste, Rogério Yabiku, destacou um ponto sensível: apesar do bom desempenho da área, tem faltado mão de obra qualificada para atender à crescente demanda. A situação, segundo ele, é reflexo direto de como o setor reagiu à pandemia da Covid-19.
Durante entrevista ao podcast Ponto a Ponto, Yabiku explicou que, diferente de outros segmentos da economia, a construção civil não parou completamente durante a pandemia — especialmente em Maringá. “Acho que ficamos parados por apenas 15 dias”, relatou. O setor adotou rapidamente medidas de segurança como rodízios de entrada, escalas diferenciadas para almoço e café, além da vantagem de os canteiros de obras serem ambientes abertos e bem ventilados.
Outro fator que favoreceu a continuidade das atividades foi a forma de deslocamento dos trabalhadores. “Mostramos à Prefeitura que a maioria dos profissionais do setor se locomove com transporte próprio — carro, moto, bicicleta — e não utiliza o transporte público. Isso contribuiu para reduzir os riscos de contágio”, explicou.
Essa rápida adaptação permitiu que o setor se mantivesse ativo e até crescesse em plena crise, mas agora enfrenta um efeito colateral: o crescimento acelerado das obras na cidade e na região aumentou a demanda por profissionais em diversas áreas, criando um descompasso entre oferta e procura.
A falta de trabalhadores é um dos principais gargalos enfrentados atualmente, o que tem motivado o Sinduscon a buscar soluções — como a industrialização do setor e o investimento em capacitação profissional. Esse ponto, inclusive, é aprofundado na sequência da entrevista, quando Yabiku fala sobre a necessidade de modernizar processos e qualificar trabalhadores para operar novas tecnologias no setor.
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