“E aí, mulekoti!” O bordão já é conhecido de quem aprecia bons cortes de carne em Maringá. Ele se tornou a marca registrada do empresário Claudio Roberto Beraldo, popularmente conhecido entre as pessoas como “Kau”. Referência no ramo das carnes nobres, ele tem a sua assinatura em alguns negócios de sucesso na Cidade Canção, tendo idealizado e sido sócio de grandes marcas gastronômicas, como o Quintal Espetinhos e o grupo Black Bull.
Em 2024, Kau decidiu inovar. Ainda no segmento das carnes, que são a sua paixão já há mais de uma década, o empresário agora está no comando de um novo empreendimento: a Kau Meat. Localizado na Avenida Cerro Azul, nº 1426, o empreendimento reúne, em um só lugar, tudo que o maringaense procura em carnes, churrasco e um bom chopp gelado.
Na Kau Meat, o cliente pode comer, uma carne assada à sua escolha com varias opções de cortes e acompanhamentos, você também pode comprar no açougue, e levar para casa as peças mais nobres e delicadas para um bom churrasco entre amigos. Tudo isso, claro, em um ambiente agradável e aconchegante para toda a família.
São apenas quatro meses de inauguração, mas o sucesso de público já é visível. Algo que recompensa todo o carinho e dedicação que Kau tem com o novo negócio. Empenho no trabalho, aliás, sempre foi uma marca registrada do empresário paulista, que em entrevista ao Maringá Post, compartilhou um pouco de sua trajetória.
De ‘boleiro’ ao ramo das carnes nobres
Claudio vem de uma família de ‘boleiros’, como ele mesmo gosta de citar. Ele e o irmão Anderson (ex jogador profissional), que começaram no esporte ainda muito jovens, e posteriormente, na parte técnica. A experiência no ramo da bola, conforme relatado pelo próprio empresário, o ajudou a mudar de área.
“Meu apelido sempre foi Kau, desde a infância. Eu nem sei o motivo, pra ser sincero (risos). Quando eu era criança, a gente morava em São Paulo, mas ali nos anos 1990 minha família e eu viemos para Paiçandu. Cidade que tenho muito carinho e onde tenho ate hoje mantenho muitos amigos de infância. Nos anos 2000 a gente mudou para Maringá, em função do meu irmão jogar bola e tudo mais. Toda nossa familia, tanto meu pai, meus tios, sempre gostaram muito do esporte. E aí a gente, através do meu pai,que sempre incentivava tanto eu quanto o meu irmão, praticamos o esporte nos times de base da região ainda quando mulekotis. Meu irmão seguiu carreira, foi um grande jogador de futebol jogou em grandes clubes como (Corinthians, São Paulo, Cruzeiro, Benfica e Lyon da franca) ,chegou a jogar na seleção brasileira motivo de muito orgulho pra nossa família, e eu cheguei a jogar profissional, joguei aqui também no Maringá, Parana Clube e Londrina. E quando eu parei de jogar bola, veio aquele negócio: e agora, né? O que eu vou fazer, né? Eu já era um cara que gostava bastante da noite, tinha muita amizade, e aí surgiu a ideia de entrar nesse ramo (gastronômico)”, conta.
O primeiro empreendimento de Kau nesse segmento foi um bar, especializado em espetinhos. A ideia deu tão certo que o local é um sucesso em Maringá até os dias atuais.
“O primeiro empreendimento que eu abri aqui em Maringá foi o Quintal Espetinhos. Na época, eu fiz uma parceria com um dos sócios que está até hoje lá, o Alexandre. E, cara, foi sucesso já de imediato, né! E é sucesso até hoje, é um grande bar aqui em Maringá, que eu tenho o maior orgulho de ter participado. De toda a história do Quintal, fiquei à frente do negócio durante os três anos ”, relata.
Logo após deixar o Quintal, Kau retornou para São Paulo e, mais uma vez, voltou a se envolver com o futebol. Após uma experiência como auxiliar técnico de uma grande equipe, ele decidiu retornar para Maringá em meados de 2015, época em que participou de um projeto que marcaria, de vez, o seu bordão.
“Fui para São Paulo nesse meio tempo, meu irmão parou de jogar bola. Fui auxiliar técnico do meu irmão nesse tempo. A gente assumiu a Portuguesa, ele como treinador, eu como auxiliar dele. Chegamos a jogar o Campeonato Paulista, jogamos a Série C também do Campeonato Brasileiro. Depois de um tempo, meu irmão falou que não queria mais, eu também já estava meio desgostoso do mundo da bola. Aí eu voltei para Maringá, meados de 2016 quando nasceu o projeto da Black Bull. O Lucas e o Alexandre, que conheci lá atrás, me chamaram para participar e aí, com muito orgulho, tive a chance de estar presente em toda essa trajetória da Black Bull”, disse Kau.
Nesse período, o empresário descobriu a verdadeira paixão pelo ramo das carnes nobres. Foram 7 anos no projeto como diretor, que resultaram na expansão da marca, incluindo a abertura de novos restaurantes Black Bull, JotakaBar, Botique de Carnes e da própria distribuidora de carnes. A parceria chegou ao fim em 2023, quando Kau decidiu que era hora de buscar novos ares.
“E no ano passado, depois de seis, sete anos juntos neste projeto, eu decidi me desligar do grupo e seguir a minha vida. Na minha cabeça, a primeira coisa era trabalhar com outra coisa, talvez em outra cidade. Me fizeram proposta para volta para são Paulo. Fazia muito tempo que eu estava nesse projeto e saí meio que de um dia para o outro. Não estava feliz, mas gostava muito de tudo lá. A gente tinha uma puta estrutura, um baita de um negócio. Só que chegou um momento que eu achei que era o ponto final para eu seguir a minha vida”, relata.
O apoio da família
O novo empreendimento nasceu de muita conversa de Kau com a esposa e as duas filhas, que o ajudaram, inclusive, a escolher o atual endereço da Kau Meat e o nome da nova marca.
“Eu sempre passava aqui na Avenida Cerro Azul. Eu vi esse terreno que hoje tem a Kau Meat. Já fazia, sei lá, 5 ou 6 anos que estava fechado, antes era um barzinho, do lado eram dois terrenos. Um era um bar, o outro era um lava-jato. E eu com o meu coração, pensando…, porque eu tenho muito isso, esse feeling, Deus me deu esse dom de ter as ideias, de conseguir montar, de ser empreendedor. Eu acho que a palavra certa é ser empreendedor, porque empreender no Brasil não é fácil. Empreender não é só ter dinheiro para montar as coisas. É você ter ideia, montar uma marca, e trazer o público, e deixar eles felizes”, conta.
Entrei em contato com o dono do terreno, a elaboração do novo negócio foram cerca de 30 dias. Apesar da correria, a família sempre esteve ao lado dele.
“Estava tudo se encaminhando, o projeto com arquiteto, o contato com o dono do prédio, mas eu ainda não tinha uma marca, um nome. Eu tenho duas filhas (Lavínia e Lorena) né? Uma vai fazer 14 anos agora e outra de 11. E aí um dia fui buscar elas na escola com a minha esposa, Ana Paula. Voltando da escola, eu já falava ‘pô, ainda não tenho a marca, se eu não decidir isso logo, o cara não vai querer alugar para a gente mais’. Já tinha passado uns 30 dias. E nisso, eu falei ‘meu, e o meu bordão, Kau. Dá para fazer algo com isso? ’ Aí minha esposa deu a ideia do ‘Meat’, meat de carne e tal. Eu achei muito massa, fiz uma brincadeira ali no carro mesmo com a esposa e as minhas filhas: ‘Quem topa esse nome, coloca o dedo aqui que já vai fechar’. Aí as três colocaram dentro, e aí fechou, tava pronto, e ficou muito legal!”, relembra.
Com o nome em mãos, foi a vez de escolher a logo, que novamente teve a participação da família. “Um amigo nosso (Dero) desenvolveu a logo, pensou nas cores, ficou legal de mais. Mas quando ele finalizou o projeto, ainda não tinha o ‘boi’ da logo. Depois que colocou aquilo, foi ‘batata’. Tínhamos tudo pronto”.
“É muito gratificante”
Passados quatro meses do novo negócio, Kau faz um balanço positivo da “Kau Meat”. Segundo ele, a nova marca permitiu que ele reunisse, em um só lugar, tudo aquilo que ele gosta no ramo das carnes nobres. Atualmente, a empresa já conta com 22 colaboradores.
“É muito gratificante, a gente ver o nosso negócio crescendo, as pessoas felizes, ver sua família do lado, que eu acho fundamental. Eu fico mais feliz ainda porque consegui reunir tudo que eu gosto num só lugar. Eu coloco a mão na massa mesmo, né? Então, assim, o que eu acho que é o meu diferencial é que eu consegui juntar um pouquinho de cada coisa que eu montei lá em relação às carnes, em relação ao bar, isso é o mais legal. Penso que nosso diferencial também é que hoje a pessoa vindo aqui na Kau Meat, ela consegue encontrar tudo aqui, né, cara? Ele consegue tomar um chopp gelado, ela consegue comer um espetinho, consegue comer um corte especial, né!? Se tiver filhos pequenos, ainda temos espaço kids para atende-los.E além de tudo isso aí, eu consigo atender nas carnes assadas pra pessoa poder levar pra casa, o churrasco, né, que é um dos potenciais. E eu também tenho a parte do açougue.! A pessoa pode vir aqui, pegar a carne, levar pra casa, fazer um churrasco em casa. Tudo aqui tem nosso DNA, trabalhamos com todo tipo de carne, tanto aves, suinos, cordeiros e bovino. Esse é o meu diferencial. Eu sempre coloco Deus em frente a todas as minhas coisas. Eu acho que o que Deus prometeu pra mim está sendo cumprido na minha vida. E agradecer muito à minha família, às minhas filhas, à minha esposa”, finaliza.
Acompanhe a Kau Meat pelas redes sociais: @kaumeat.
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