Homem que teve corpo incendiado por frentista diz que espera por justiça e desabafa: “Entrar naquele posto foi a pior coisa que fiz”

A vítima está internada e vive na base de medicamentos como a morfina, para conter a dor.

  • Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal 

    Nesta terça, 21, em entrevista ao jornal Band B, a vítima que teve o corpo incendiado por um frentista em um posto de combustíveis em Curitiba, contou o que aconteceu no último sábado (18/3).

    Caio Murilo Lopes do Santos relatou que não tinha costume de abastecer naquele posto, mas que ao notar que seu veículo estava falhando, decidiu abastecer ‘para não ficar na rua’.

    A gente não tinha costume de abastecer naquele posto, né? A gente abasteceu lá no ano passado, poucas vezes. Desde o ano passado eu não ia lá. E ali… em um dia comum, em um sábado comum, indo trabalhar, notei que meu carro ‘começou a pipocar’, ‘dar uma falhadinha’. Eu pensei: ‘é capaz que eu fique na rua. Vou entrar aqui e abastecer, né?’. E entrei. Cara, entrar naquele posto foi a pior coisa fiz porque aconteceu o que aconteceu.

    A vítima explicou que tudo começou após entregar a chave do carro para o frentista.

    Ele falou que não, que não. Daí eu falei, quando eu gesticulo com o braço no vídeo: ‘como que não foi? Se eu te entreguei a chave em perfeito estado, né?’. E cheguei com o carro funcionando aqui. A chave que ele quebrou era que eu ligo na ignição, né? Não teria como eu ter chegado lá, se estivesse com a chave quebrada. E daí ele falou que não, que não e, em questão de segundos ali, nem deu muito tempo, jogou a gasolina em mim. No princípio achei que ele queria só me intimidar, né?! Me afastar do carro. E, de repente, que ele veio para cima de mim, quando ele veio para cima de mim, achei que ele queria apenas brigar, me bater, alguma coisa do tipo. Mas, não. Nesse tempo, ele pegou o isqueiro e acendeu.

    A vítima está internada e vive na base de medicamentos como a morfina, para conter a dor.

    Estou com a minha barriga toda queimada, os braços, o braço esquerdo, mão, tudo. Só não pegou as pernas porque deu tempo do rapaz do posto mesmo pegar o extintor e apagar o fogo. Mas, porque eu também, nesse meio tempo, tirei a camiseta. Foi o meu instinto de querer sobreviver, de apagar o fogo. (…) O rapaz que apagou o fogo, se não fosse ele, eu não teria conseguido apagar o da calça e teria queimado muito mais.

    Nesta segunda-feira, 20, o frentista se apresentou à polícia juntamente com a advogada.

    Com informações Band B

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