Saiba porque a compaixão pode impactar definitivamente o mundo dos negócios

No último mês de abril, a Harvard Business Revew publicou um artigo capaz de impactar definitivamente o mundo dos negócios. Os autores da reflexão, Rasmus Hougaard, Jacqueline Carter e Louise Chester afirmam que o poder é capaz de corromper líderes e a compaixão pode salvá-los.  Para assegurar isso, eles se basearam em estudos próprios e também em pesquisas como a do neurocientista Sukvinder Obhi, da Universidade McMaster, em Ontário, no Canadá. Obhi descobriu que o exercício continuado do poder enfraquece uma função neurológica correspondente à capacidade de compreender os outros.

http://maringapost.com.br/mundodosnegocios/?p=7176&preview=trueAs pesquisas dele são corroboradas por outros estudiosos como Jonathan Davidson e David Owen, por exemplo. Depois de examinar presidentes norte-americanos e primeiros-ministros britânicos dos últimos cem anos, eles concluíram que a arrogância é uma patologia derivada do exercício prolongado e não controlado do poder. Essa conclusão está publicada no artigo “Síndrome da Arrogância: Uma Desordem Adquirida de Personalidade?”, na revista Brain, de 2009.

Ter poder sobre os outros, conviver com o excesso de pressão, a necessidade constante de pensar em estratégias e dar soluções globais eficientes e eficazes são fatores que influenciam na perda de sensibilidade. As consequências dessa perda são graves e bem definidas, como:  desprezo pelo próximo, perda de contato com a realidade, comportamento imprudente e impulsivo. O impacto chega a tal ponto que o líder é capaz de tomar decisões muito impactantes para a vida dos outros, como ao efetuar uma demissão em massa, sem o mínimo de emoção.

http://maringapost.com.br/mundodosnegocios/?p=7176&preview=trueContudo, a capacidade de sentir e se emocionar é o que nos faz humanos. Inúmeros estudos da área de administração, a exemplo do destacado estudioso Peter Drucker, apontam a importância de o empresário perceber bem os números, mas também as pessoas. A perda da sensibilidade no mundo dos negócios, portanto, atrapalha definitivamente liderados e instituições. Contudo também é grave para os próprios líderes. Afinal, aponta uma forma perigosa de adoecimento individual, cuja gravidade tende a ser ignorada em um mundo cada vez mais competitivo.

Mas o que o líder deve fazer para manter a sensibilidade?

A resposta para Hougaard, Carter e Chester é exercitar a compaixão. Entre as sugestões para transformá-la em hábito está o de perguntar-se “Como posso ajudar esta pessoa?” no relacionamento com clientes, investidores, colegas ou mesmo nas relações pessoais.

http://maringapost.com.br/mundodosnegocios/?p=7176&preview=trueOutra sugestão é realizar diariamente o exercício de se lembrar de alguém que esteja passando por problemas e refletir sobre como essa pessoa deve estar se sentindo. Naturalmente não se trata de internalizar os problemas do outro, mas desenvolver a capacidade de observar a dor dele e manter a capacidade solidária, enfim, ser empático em relação as dores e felicidades do outro.

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