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Um vestido digital que permite alterar a cor ou estampa com um simples toque foi destaque nas passarelas da semana de moda de Nova York, realizada de 9 a 14 de fevereiro. Desenvolvido pela Adobe, a mesma empresa por trás do Photoshop, o vestido oferece uma experiência inovadora.
Na primeira apresentação, Christine Dierk, uma das desenvolvedoras da tecnologia, demonstrou como as animações são ativadas. Além de um botão para acionar as mudanças no vestido, ele também conta com sensores embutidos, adaptando a projeção ao movimento do usuário sem necessidade de comandos.
Uma novidade para as passarelas foi a capacidade da imagem projetada de repetir em looping, poupando o usuário de gerenciar a animação enquanto caminha.
Além disso, as telas, inicialmente costuradas apenas na frente do vestido, agora podem ser usadas em uma versão 360°, incluindo a parte de trás. Para mudar de cor, o vestido possui mais de mil pétalas em forma de lantejoulas, costuradas à mão e conectadas como telas em miniatura para a projeção conjunta.
O modelo desfilado, criado pelo designer Christian Cowan, é uma evolução do projeto Primrose, desenvolvido pelos cientistas da Adobe: o engenheiro pesquisador TJ Rhodes, a pesquisadora Christine Dierk e o vice-presidente e chefe de pesquisa, Gavin Miller.
O maior desafio enfrentado por Miller e Rhodes foi criar eletrônicos adequados para roupas, que fossem leves, flexíveis, duráveis e seguros para a pele. Miller, com experiência em robótica, explica que o vestido é como uma versão gigante dos circuitos usados em robôs. Eles precisaram usar materiais especiais para janelas inteligentes e projetar a lógica dos interruptores em um chip fino, flexível e robusto o suficiente para funcionar.
A equipe também desenvolveu uma tela 2D para testar o circuito considerando dobras e flexões, já que a pessoa que usa o vestido se movimentará. Antes de retomarem os testes no vestido, criaram até mesmo uma bolsa para a tecnologia.