A arte do Cosplay

Por: - 10 de fevereiro de 2022

Vida Longa e próspera! 

Quem nunca viu aquelas “fantasias” perfeitas de personagens que gostamos? Isso é cosplay! É uma forma de expressão artística e cultural muito difundida nos dias de hoje e muito divertida. Você sabia que o cosplay provavelmente é uma tendência muito mais antiga do que você poderia imaginar?

O primeiro Cosplay que se tem notícia aconteceu em 2 de julho de 1939 no 1º World Science Fiction Convesssntion. Os norte-americanos Ferrest J. Ackerman e Myrtle R. Douglas decidiram ir ao evento de ficção cientifica caracterizados de personagens do filme Things to Come.

Em meados da década de 80 essa tendência chegou até nosso amado Japão, através de Nobuyuki Takahashi, do estúdio Hard, que após uma visita aos EUA para cobrir um evento de ficção científica ficou apaixonado pelas fantasias e inventou o termo cosplay.

No começo o cosplayer (indivíduo que faz cosplay), era apenas quem se caracterizava de personagens de quadrinhos, hoje essa tendência vem ganhando o mundo e crescendo cada vez mais, envolvendo séries, filmes jogos, mangás, animes etc.

Não se engane em achar que cosplay é coisa lá de fora, que só tem bons cosplays no Japão e EUA, aqui no Brasil temos excelentes cosplayers, inclusive de notoriedade mundial, e já levamos alguns campeonatos mundiais. Os irmãos Mauricio e Mônica Somenzari que em 2006 e depois em 2011 levaram o 1º lugar no campeonato mundial WCS (World Cosplay Summit), e Gabriel Niemitz e Jessica Campos em 2008.

Mas vamos falar da nossa cidade, em todos esses anos organizando a Animeingá (AI) tive oportunidade de ver o crescimento do número de cosplays e a qualidade dos mesmos, o que no 1º evento tivemos nem meia dúzia de cosplays, sendo 3 deles os lendários lençóis (galera colocou lençol na cabeça, fez dois furos no lugar dos olhos e pronto, eram fantasmas, aliás, saudade dessa galera!), hoje vemos centenas de cosplayers andando pelo evento, de todos os tipos e personagens.

A qualidade dos cosplays aqui em Maringá também foi crescendo com o tempo, hoje vemos cosplays simplesmente perfeitos durante a AI! Tenho orgulho de dizer que graças a AI nasceram diversos cosplayers aqui na cidade canção!

Hoje vamos fazer um pouquinho diferente da coluna, vamos fazer aqui a 1º entrevista da coluna Geek! “eeeeeba!”

Eu não poderia querer a primeira entrevista daqui em melhor companhia, entrevistei a cosmaker maringaense Adriana Paiva , a “Dri”, tem 36 anos, formada em Moda pela UEM, trabalha com criação e desenvolvimento de artigos para festa e confeitaria, e nas horas vagas é uma mestra na arte de fazer cosplays perfeitos!

@driana.paiva de valente da Disney
  • Quando começou a fazer cosplay? Inclusive, nos conte a história do seu primeiro cosplay.

“Meu primeiro cosplay foi a Ritsu de K-On para participar de uma apresentação em grupo no Animeingá de 2010. Após ajudar a Josi Guerrero algumas vezes, ela me convenceu a participar do grupo, foi praticamente o famoso cosplay de armário, só tive que comprar lente, peruca e fazer uma blusa, calça, cinto e sapato  já tinha, a gente ensaiava quando dava e nem sempre todas podiam ir e sinceramente, nem lembro se tivemos alguma colocação (memória da Dory ^^) mas o frio na barriga, medo de tropeçar no palco, alívio quando terminamos e não erramos nada isso ficou muito mais gravado, e acho que até hoje se repete!”

  • O que leva uma pessoa a fazer cosplay? Por que você gosta desse hobby?

“Eu acho, que fazer cosplay é um misto de admiração por um personagem, uma forma de homenagem, superação, seja na hora de confeccionar algo mais desafiante ou a coragem para subir no palco e se pôr na frente dos outros, um meio de identificação junto a outras pessoas que tenham os mesmos gostos e até de autoestima pois não é apenas o se sentir bem enquanto usa o cosplay, mas a evolução que vemos em nós mesmos a cada dia que melhoramos ou aprendemos novas habilidades durante a produção do cosplay.

Pra mim, cosplay como hobby é um desafio diferente a cada confecção de um novo personagem que me permite usar e aperfeiçoar o que aprendi na minha formação, é a satisfação de ver o que estava no desenho ganhando forma real, e as amizades que se formaram e crescem através do tempo trabalhando juntos na confecção dos cosplays.”

  • Só quem faz cosplay sabe como é difícil, mas também é gostoso e realizador, com certeza você tem algumas histórias de eventos, cosplays e causos dos mais diversos, nos conte um aí.

“Ah as alegrias e dores dos cosplays! Perder a lente no evento e esquecer parte da roupa em casa acho que são os mais básicos. Já tivemos que desistir de um grupo poucas horas antes do evento porque não conseguiríamos terminar as roupas.

Há alguns anos tive metade da produção de um cosplay de grupo (partes de armaduras, tecidos já pintados e pedras de resina) jogado fora por ser confundido com sacos de lixo da reforma da casa, graças a Deus as caixas de armazenagem e a construção do meu ateliê resolveram esse perigo de se repetir.

Já fotografamos em lugar com cara de mal assombrado, estávamos em uma escada e algum bicho ou pássaro fez barulho no andar de cima, quase deixamos a alma ao sair correndo escada a baixo.

Uma vez levei “bronca” de algumas senhorinhas japonesas por estar usando o kimono amarrado errado, o personagem não sabia usar e colocava ele errado mesmo, mas elas não aceitaram bem a explicação.”

Na Foto: Nanny Martins, Adriana Paiva, Amanda Knabben, Angel Arwen, Adami Langley 

  • O que você falaria para a galera que quer começar a fazer cosplay, mas tem receio, ou ainda não sabe por onde começar?

Faça o cosplay para você, faça aquele que te traz alegria e satisfação, não se prenda por pensar o que as pessoas irão pensar ao falar, se você gosta e quer fazer, é apenas isso o que importa. 

O cosplay é muito do faça você mesmo, e às vezes parece que nada vai dar certo, então respira coloca um pouco de lado de depois continua isso acontece com todo mundo não se preocupe por isso.

@driana.paiva @angel_arwen_cosplays

Pra quem vai começar, após escolher o personagem faça muita pesquisa sobre ele e busque por várias referências dos detalhes que ele tem, para que você possa conversar sobre eles com sua costureira, e faça uma programação com tempo de sobra, pois as encomendas pela internet podem atrasar ou extraviar, dependendo da época do ano, você pode ter dificuldade de achar alguns tecidos, e a peça poder ser mais complicada do que parece de fazer, o que pode geral atrasos.”

Obrigado Dri pelo bate papo, seus cosplays são incríveis!

Gente, deixa eu falar, que agora que estou escrevendo sobre um assunto que eu amo de paixão empolguei. Uma cosplayer incrível aqui de Maringá, a Mariana Paltanin Inácio, administradora e “quase” publicitária hehehe, publicou na revista científica da Unifamma um artigo sobre cosplay, com objetivo de explanar, analisar e entender um pouco dessa arte e o porquê as pessoas optam por se expressar dessa maneira.

Vocês que gostam de cosplay, ou ainda querem saber mais sobre o assunto precisam ler esse artigo, é só clicar aqui, ele engloba tanto a parte psicológica quanto publicitária desse vício, digo hobby. 

@maripaltanin

Poucos sabem, mas já fiz alguns cosplays, claro, não tão profissa quanto das meninas das fotos, mas me diverti muito, atualmente quando vou em eventos procuro contatos, ideias, vejo a parte técnica do evento … então não tenho muito tempo pra cosplay, porem estou pensando em fazer um de mandaloriano para a CCXP 2022, quem sabe?

O cosplay é uma ótima forma de expressão artística, você faz um trabalho manual produzindo sua fantasia, interpreta seu personagem, se diverte e conhece pessoas, mas não querendo puxar sardinha, mas já o fazendo, quero como “bônus da semana” falar da minha cosplayer predileta, minha amada namorada Bruna Maciel Buzon .

https://twitter.com/Bu_hh e eu

Alguns anos atrás tive o prazer de ver o primeiro cosplay do amor da minha vida, ela se vestiu de elfa maga do jogo Lineage II (melhor jogo de mmorpg de todos os tempos e apenas minha opinião importa tá?), gente, ficou PER … FEI … TO! (todos sabem que quando fala em silabas …)

Depois que fez o primeiro cosplay ela simplesmente viciou e todo Animeingá vai de um personagem diferente e tira trocentas fotos! Eu acompanho todas as etapas, a ideia, pesquisa, confecção do cosplay que demora muuuito, o desespero pra acabar a tempo, nervosismo do dia anterior pra ver se está tudo certinho, até o dia do evento, em que viro fotógrafo/guarda volumes.

@gnneme e @bu_hh

 

Bom gente, é isso, não façam guerra, façam cosplay!

 

Que a força esteja com vocês!

 

 

 

 

 

 

 

 

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