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Docentes da Universidade Estadual de Maringá (UEM), representados pela Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem), decidiram em assembleia realizada no dia 25 de março paralisar suas atividades acadêmicas no próximo dia 29 de abril.
A paralisação integra um amplo movimento estadual que reivindica a reposição da data-base salarial, acumulada em perdas superiores a 47% desde 2016.
A mobilização acontece após reunião frustrada entre o Fórum das Entidades Sindicais (FES) e representantes da Secretaria de Administração e Previdência (Seap) no último dia 10 de abril. Na ocasião, o governo estadual não apresentou qualquer proposta de negociação.
Além de reivindicar a recomposição salarial imediata, os docentes exigem melhorias nas condições de trabalho e infraestrutura da universidade, insalubridade, pagamento de horas extras e direitos referentes aos professores temporários e aposentados. Também pedem a revogação da Lei Geral das Universidades (LGU), que afeta diretamente a autonomia universitária.
A Sesduem já notificou oficialmente a Reitoria da UEM sobre a paralisação e solicitou que a instituição se posicione publicamente em apoio aos docentes e às suas pautas legítimas. Em documento protocolado junto à reitoria, a Sesduem destacou a importância de garantir o direito de manifestação e reivindicou apoio institucional ao movimento, lembrando também o simbolismo da data escolhida, que marca os 10 anos do massacre de 29 de abril de 2015 contra servidores estaduais em Curitiba.
“Esperamos que a Reitoria reconheça a importância das nossas reivindicações e nos apoie publicamente, reforçando a luta pela valorização dos profissionais que constroem a qualidade acadêmica e científica da UEM”, destacou o presidente da Sesduem, Thiago Fanelli Ferraiol.
Um calendário unificado de mobilizações será divulgado nos próximos dias, detalhando ações em Curitiba e em outras cidades do Paraná. Além da UEM, as outras seis universidades estaduais do Paraná também confirmaram paralisação na mesma data: Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).
Educadores da rede estadual também vão aderir a paralisação do dia 29 de abril. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada pela APP-Sindicato no último sábado, 12. A expectativa é que outras categorias também se unam à paralisação, fortalecendo a mobilização estadual.
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