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A atriz brasileira Fernanda Torres conquistou o segundo lugar no prestigiado prêmio de melhor atuação concedido pela Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles. A conquista foi compartilhada com a atriz Demi Moore, que foi reconhecida por sua performance em A Substância.
O anúncio foi feito no domingo (8) e marcou a 50ª edição do prêmio, uma das mais importantes celebrações do cinema norte-americano.
Torres foi premiada por sua atuação no filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, no qual interpreta Eunice Paiva, uma mulher que, durante a ditadura militar no Brasil, se transforma em uma militante pelos direitos humanos após o desaparecimento de seu marido.
A atriz foi destacada pela sua performance profunda e sensível, que tem sido aclamada tanto no Brasil quanto internacionalmente. Recentemente, Fernanda também foi reconhecida pela Vanity Fair como um “ícone global” e ganhou destaque por sua “performance reveladora” no filme. Além do reconhecimento de Los Angeles, a atriz segue em uma intensa campanha para conquistar uma indicação ao Oscar.
Rodrigo Teixeira, produtor de Ainda Estou Aqui, afirmou que a estratégia inclui reforçar a carreira de Torres nos Estados Unidos, apresentando-a como uma atriz de destaque com uma trajetória consolidada, que inclui a vitória no prêmio de Melhor Atriz em Cannes, em 1986, pelo filme Eu Sei Que Vou Te Amar.
O prêmio, que também homenageou Marianne Jean-Baptiste e Mikey Madison por suas atuações em Hard Truths e Anora, respectivamente, destacou as maiores performances cinematográficas do último ano. A edição deste ano foi marcada pela adoção de categorias sem distinção de gênero, uma das características mais notáveis da Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles, que foi fundada em 1975.
SOBRE O FILME
Ainda Estou Aqui é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, que narra a história de seu pai, Rubens Paiva, deputado federal sequestrado e morto pela ditadura militar brasileira em 1971.
No filme, Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva, mãe do autor, que se vê forçada a transformar sua vida após o desaparecimento do marido. Dona de casa até então, Eunice passa a se engajar ativamente na luta pelos direitos humanos, buscando por justiça e tentando entender o que aconteceu com seu marido.
A história traz à tona a força das mulheres na resistência, abordando temas como coragem, perda e resiliência, e se consagra como uma das produções mais significativas do cinema brasileiro contemporâneo.
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