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A nadadora maringaense Beatriz Borges Carneiro e o triatleta curitibano Ronan Nunes Cordeiro foram os primeiros paranaenses a conquistar medalhas na Paralimpíada de Paris 2024.
Beatriz conquistou no domingo (1º) a medalha de bronze na prova mista de revezamento 4×100 metros livres da natação e Ronan ficou com a medalha de prata na classe PTS5 do triatlo nesta segunda-feira (2).
Os dois são apoiados pelo Geração Olímpica e Paralímpica (GOP) e pelo Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte (Proesporte), ambos do Governo do Estado. Dos 28 paratletas e técnicos que disputam as competições em Paris, 20 são bolsistas do GOP e 13 recebem apoio do Proesporte.
NATAÇÃO
Beatriz Borges Carneiro ganhou medalha na classe S14, que é voltada a atletas com deficiência intelectual, ao lado dos colegas Arthur Xavier, Ana Karoline Soares e Gabriel Bandeira. A paranaense foi a terceira a entrar na piscina e ajudou o Brasil a marcar o tempo de 3 minutos, 47 segundos e 49 centésimos. A marca é o novo recorde das Américas na categoria.
A Grã-Bretanha, que ficou com a medalha de ouro, fez a prova em 3 minutos, 43 segundos e 05 centésimos, e a Austrália, que ganhou a medalha de prata, fechou o revezamento em 3 minutos, 46 segundos e 37 centésimos.
Nascida em Maringá, no Noroeste do Estado, Beatriz é uma das melhores nadadoras do mundo na categoria dela. Junto da irmã, Débora Borges Carneiro, que também está competindo em Paris, começou na natação em 2012. Desde então, a atleta de 26 anos já foi vice-campeã mundial na prova de 100 metros peito e campeã parapanamericana na prova 200 medley.
TRIATLO
Curitibano de 27 anos, Ronan Nunes Cordeiro conquistou nesta segunda-feira (2) a primeira medalha brasileira do triatlo paralímpico da história. Ele disputou na classe PTS5, categoria para atletas com limitações físico-motoras, e finalizou a prova em 59 minutos e 01 segundo.
O americano Chris Hammer ficou com a medalha de ouro, com 58 minutos e 44 segundos, e o alemão Martin Shculz com o bronze, com o tempo de 59 minutos e 19 segundos.
Ronan, que tem uma má-formação congênita na mão esquerda, começou na natação em 2012 e passou a competir no triatlo em 2018. Em seis anos na modalidade, ficou com a terceira colocação no mundial de 2021 e já ganhou medalhas em três etapas de Copa do Mundo.
GOP
O Geração Olímpica e Paralímpica (GOP) é o maior programa estadual de apoio ao esporte de alto rendimento em todo o Brasil. Desde a sua criação, em 2011, já foram mais de R$ 50 milhões investidos em atletas de diferentes níveis.
Ronan e Beatriz estão no grupo de 63 atletas olímpicos e paralímpicos que, neste ano, recebem a maior bolsa do projeto, de R$ 3 mil. Os editais das bolsas são abertos anualmente e a concessão delas acontece mediante a comprovação de bons desempenhos esportivos em diferentes competições. Os valores são pagos aos atletas por seis meses. Em 2024, foram contemplados 1.165 nomes para receberem o auxílio do Governo do Estado do Paraná, com investimento de R$ 5,2 milhões.
A iniciativa é considerada o maior programa estadual de incentivo ao esporte na modalidade bolsa-atleta, de acordo com uma pesquisa da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e divulgada na Revista Latino-Americana de Estudos Socioculturais do Esporte.
Os recursos são usados pelos atletas para a execução e gestão das atividades previstas, confecção de uniformes, material de divulgação e promoção, infraestrutura de logística (hospedagem, alimentação e transporte), programas de treinamento e capacitação, bem como avaliações médicas e laboratoriais dos atletas.
PROESPORTE
Também do Governo do Paraná, o Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte destinou R$ 50 milhões no edital 2024/2025 e mais R$ 50 milhões já anunciados para 2026/2027. Criado em 2013 e regulamentado em 2017, é uma lei de incentivo que permite aos contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a destinação de parte do valor do imposto a recolher para projetos credenciados pela Secretaria de Estado do Esporte.
Desde 2018, ano do primeiro edital, já foram destinados R$ 83 milhões para 577 projetos, sendo que R$ 10 milhões foram destinados a 39 projetos de pessoas com deficiência.
AEN
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