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O professor Luiz Cezar Lustosa Garbini, de 23 anos, teve uma surpresa emocionante após perder R$ 700 ao devolver um PIX recebido por engano. Um desconhecido, comovido com a história, depositou o mesmo valor em sua conta na última segunda-feira (1).
Tudo começou na última quinta-feira (27), quando o professor recebeu um pix de R$ 700 em sua conta no banco. Mais tarde, um homem mandou uma mensagem no WhatsApp de Garbini falando que tinha feito a transferência por engano.
Diante da situação, Garbini devolveu o dinheiro na conta deste homem. No entanto, o banco acabou debitando o mesmo valor de sua conta para estornar a transação errada. Ou seja, o professor perdeu R$ 700 e o remetente original ficou com R$ 1.400.
“O valor original que eu tinha era R$ 1 mil, quando eu recebi os R$ 700 dele, eu fiquei com R$ 1.700, mas daí eu enviei o PIX para ele e eu voltei para os meus R$ 1 mil. Só que passou 15 minutos, eu entrei na minha conta e eu estava só com R$ 300 reais”, explica.
Ao tentar recuperar o valor, Garbini levou o caso à Polícia Civil do Paraná, em Fazenda Rio Grande (cerca de 440 km de Maringá). Ele também tentou resolver a questão com o banco, mas a instituição informou que não poderia devolver o dinheiro, pois a conta do remetente estava sem fundos.
A reviravolta positiva veio com a ação do empresário Lerry Granville, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Após tomar conhecimento da história pelo site de notícias G1, Granville decidiu ajudar Garbini e fez uma transferência de R$ 700, acompanhada de uma mensagem de apoio: “Prof Luiz, não perca a fé, existem pessoas corretas. Este é um presente caso não receba de volta. Abraço”.
Granville explicou sua motivação: “Ele [Luiz] fez o certo, foi honesto, mas alguém não foi. O mundo está tão cheio de desafios, que sempre que posso aplico o que meu querido pai ensinou: ‘Quanto menor a capacidade dos outros se defenderem, maior nossa responsabilidade de defendê-los'”.
Garbini, inicialmente confuso com o novo depósito, achou que poderia ser o banco devolvendo o valor perdido. Após ler a mensagem, ele entrou em contato com Granville, que o encorajou a manter a esperança.
“Fiquei emocionado e muito feliz em saber que a pessoa, mesmo não me conhecendo, sentiu empatia pela situação e me ajudou dessa forma”, disse Garbini.
O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil, e Garbini deve prestar depoimento nesta terça-feira (2).
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