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Em uma entrevista ao TNOnline, Monsenhor Roberto Carrara, da Diocese de Apucarana, expressou sua discordância quanto ao sepultamento de animais de estimação em cemitérios destinados originalmente aos seres humanos. Segundo ele, os pets não deveriam ser enterrados no mesmo local que as pessoas.
Carrara argumenta que essa medida é desnecessária e que os animais deveriam ser sepultados em cemitérios específicos para eles, como ocorre em outras localidades. Ele observa que existem outras maneiras de nos despedirmos dos animais domésticos e que o cemitério é um lugar destinado aos seres humanos, não aos animais.
“Existem outras maneiras de nos despedirmos dos animais domésticos. O cemitério é um lugar para sepultarmos seres humanos e não animais”, afirmou.
Do ponto de vista religioso, Carrara destaca que o corpo humano é considerado sagrado, citando a Bíblia Sagrada, que afirma que o corpo humano é o santuário do Espírito Santo. Portanto, misturar os sepultamentos de humanos e animais não é apropriado.
“As pessoas estão exagerando um pouco, valorizando demais os animais”, observou. “A Bíblia Sagrada diz que o corpo humano é o santuário do Espírito Santo. Portanto, o cemitério é um lugar sagrado, não acho que seja bom misturarmos as coisas”, concluiu.
Entenda o Projeto
A Câmara de Vereadores de Apucarana aprovou o Projeto de Lei nº 67 de 2024, que permite o sepultamento de animais domésticos em jazigos humanos. A proposta agora aguarda a sanção do prefeito Junior da Femac (MDB) e tem gerado controvérsia entre os moradores da cidade.
A polêmica ganhou força após a aprovação do projeto de lei pela Câmara de Apucarana, com 7 votos a favor e 2 contra. O projeto, de autoria do vereador e presidente do Legislativo Luciano Augusto Molina (Agir), permite que cães e gatos sejam sepultados nos jazigos, gavetas e carneiras das famílias nos cemitérios públicos da cidade.
Alguns vereadores votaram contra a proposta, alegando que a legislação dos cemitérios de Apucarana não prevê o sepultamento de animais junto com humanos e que não há licença ambiental para essa prática.
Por outro lado, Luciano Molina defendeu a proposta, ressaltando que ela é autorizativa e segue o exemplo de outras cidades. Ele enfatiza que a mudança na relação entre humanos e seus animais de estimação é uma tendência atual.
*Com informações, TN Online.