18 anos depois, Prefeitura de Maringá emite laudo para remoção de árvore na Vila Morangueira

Pedido, protocolado em setembro de 2006, é o mais antigo entre os protocolos de Emergência aguardando remoção. Atualmente, 18 árvores com risco iminente de queda aguardam na fila por remoção há 10 anos ou mais.

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    O ano é 2006. Em uma Vila Morangueira com um aspecto bem diferente dos dias atuais, uma família pede que a Prefeitura analise duas árvores na Rua La Paz, que estão bem próximas de um poste de energia. No dia 8 de setembro daquele ano, um pedido de remoção é protocolado no serviço de arborização do município. Lá se foram alguns anos.

    Em fevereiro de 2012, seis anos depois, o local foi vistoriado por um engenheiro agrônomo da Prefeitura. E lá se foram mais alguns anos. Em 12 de agosto de 2024, 18 anos depois do primeiro protocolo, o município enfim emitiu o laudo autorizando a remoção de uma das árvores e a poda de outra: duas sibipirunas, uma delas com “sua copa destruída por podas drásticas e está localizada próxima ao poste com transformador”, conforme descreve o laudo técnico da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Selurb).

    Ainda conforme o laudo, a árvore já alcança os 10 metros de altura e, apesar de todo o tempo de espera, o serviço ainda não foi feito. Entre as mais de 300 árvores já com laudo e classificadas na categoria “Emergência”, escala que representa “risco iminente de queda” no serviço de Arborização, esta é a que aguarda há mais tempo na fila.

    Até a manhã desta quarta-feira (25), Maringá tinha 5.230 árvores, já com laudo, aguardando remoção ou poda, de acordo com o Portal da Arborização, ligado a Secretaria de Limpeza Urbana. Dessas, 319 são classificadas com risco iminente de queda, sendo 18 delas aguardando na fila há, pelo menos, 10 anos: são um protocolo de 2006, um de 2010, um de 2011, oito de 2012, um de 2013 e seis de 2014.

    De acordo com a Prefeitura de Maringá, a remoção da árvore com pedido em espera desde 2006 está programada e o serviço deverá ser executado nos próximos dias, com o município solicitando a intervenção da Copel, “já que a árvore está próxima a rede de alta tensão e há necessidade de desligamento da rede elétrica”, descreveu o Executivo em nota.

    A Prefeitura de Maringá também se posicionou sobre como os serviços de arborização são executados por meio de nota. Leia na íntegra:

    “As equipes da Secretaria de Limpeza Urbana realizam os serviços de arborização de acordo com a prioridade do laudo emitido pelo engenheiro florestal, classificada como emergência, urgência, pouco urgente ou não urgente. As equipes próprias do município atendem cerca de 12 protocolos por dia, entre remoções e podas. Além disso, há equipe exclusiva para serviços de remoção e poda nos canteiros. Para garantir agilidade aos serviços de arborização, o município realiza licitação para contratação de empresa para execução de podas e remoções. Outro processo licitatório em andamento prevê contratação de empresa especializada para agilizar os serviços de arborização nos casos em que há registro de fortes temporais e rajadas de vento. Os processos licitatórios estão na fase de habilitação das empresas, que devem comprovar qualificação técnica para assumir os serviços”.

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