A Prefeitura de Maringá notificou a empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) nesta segunda-feira (8/2). O município pede explicações sobre a situação econômica da empresa e o cumprimento dos serviços. Caso empresa não tenha condições de operar, a prefeitura afirma que o contrato de concessão pode ser rompido.
Por meio de nota, a prefeitura informou que uma das notificações solicita que a TCCC mantenha o percentual mínimo de 30% da frota regular de ônibus em circulação, conforme determina a legislação que regulamenta movimentos grevistas em serviços essenciais. Outra notificação solicita que a empresa apresente documentos comprovando que tem capacidade econômica e financeira de operar.
“Estamos procurando a via do diálogo porque queremos o melhor para a população e a TCCC, como concessionária dos serviços públicos, deve querer o mesmo. Esperamos que a empresa atenda rapidamente nossa solicitação, colocando pelo menos 30% de ônibus nas ruas e que, rapidamente, volte aos 100% da frota, o que é fundamental neste momento de pandemia que requer distanciamento social”, disse o secretário de Inovação, Aceleração Econômica, Turismo e Comunicação, Marcos Cordiolli, no comunicado.
Na quinta-feira (4/2), a TCCC informou que não teria condições de cumprir integralmente a folha de pagamento referente ao mês de janeiro. Para o município, se a empresa não tem capacidade de pagar o salário dos funcionários, pode indicar que não tem condições de cumprir o compromisso contratual de prestar serviços de qualidade aos usuários do transporte coletivo
Sem o pagamento integral do salário, os motoristas da TCCC e da empresa de transporte metropolitano Cidade Verde paralisaram as atividades nesta segunda. Nenhum ônibus circula nas ruas de Maringá.
A TCCC e a Cidade Verde afirmam que o motivo do não pagamento integral dos salários é o desequilíbrio financeiro que enfrentam desde março de 2020, causado pela redução do número de passageiros.
Em entrevista para o Maringá Post na sexta-feira (5/2), o diretor administrativo da TCCC, Roberto Jacomelli, afirmou que o objetivo da empresa é cumprir com a parte do salário que não foi paga “o mais breve possível”, mas que isso vai depender da entrada de receitas.
O Maringá Post entrou em contato com o diretor da empresa, Roberto Jacomelli, para comentar sobre a notificação da prefeitura, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem. O espaço está aberto para manifestações.
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