TCCC afirma que não vai conseguir pagar salário integral dos funcionários

Salário do mês de janeiro ainda não foi pago e não se sabe qual porcentagem os funcionários da TCCC e Cidade Verde vão receber

  • A empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) informou, nesta quinta-feira (4/2), ao Sinttromar, sindicato que representa os trabalhadores do transporte coletivo, que não terá condições de cumprir integralmente a folha de pagamento referente ao mês de janeiro.

    O salário do mês de janeiro ainda não foi pago e não se sabe quanto do salário integral os funcionários da TCCC e Cidade Verde vão receber. O diretor administrativo da TCCC, Roberto Jacomelli, afirmou que o objetivo da empresa é cumprir com a parte do salário que não será paga “o mais breve possível”, mas que isso vai depender da entrada de receitas.

    Segundo Jacomelli, o motivo do não pagamento integral dos salários é o desequilíbrio financeiro que a empresa enfrenta desde março de 2020, causado pela redução do número de passageiros.

    “O sistema de transporte em Maringá e no Brasil está passando por esta situação. Infelizmente já utilizamos todos os meios possíveis para manter a atividade, mas as receitas não são compatíveis com as despesas. Jamais havia acontecido qualquer atraso no folha de pagamento dos funcionários e também aos nossos fornecedores”, disse o diretor.

    O Sinttromar, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que a TCCC ainda não deu detalhes sobre o atraso. O sindicato disse que foi informado sobre o atraso do pagamento por ligação de dirigentes da empresa, mas não foi explicado se os trabalhadores vão receber parte do salário ou vão ficar sem a remuneração.

    O sindicato notificou extrajudicialmente a TCCC e a Cidade Verde na quinta-feira. No ofício, a categoria cobra informações “claras e objetivas sobre a notícia de atraso nos pagamentos dos trabalhadores.” Além disso, uma reunião já foi agendada para segunda-feira (8/2), às 16h, com o prefeito Ulisses Maia (PSD).

    O assunto foi tema de uma live, realizada pelo dirigente Emerson Viana Silva, que repassou a informação à categoria. Para ele, o episódio deixa claro que a paralisação, realizada em setembro de 2020, foi realmente necessária. “A greve buscou garantir direitos dos trabalhadores, o acordo coletivo de trabalho (ACT), o reajuste salarial e também para evitar o que está acontecendo hoje.”

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