Delegado diz que carro usado para incendiar os ônibus da Cidade Verde foi alugado a pedido de sindicalista

De acordo com o delegado de Sarandi, Adriano Garcia, uma mulher confirmou a versão em depoimento prestado na quarta-feira (23/9)

  • A Polícia Civil de Sarandi informou que o veículo usado para transportar os suspeitos de incendiarem seis ônibus na garagem da empresa Cidade Verde, na madrugada de quarta-feira (23/9), foi alugado a pedido de um sindicalista ligado ao Sintttromar, sindicato que representa os motoristas do transporte coletivo.

    A declaração foi feita pelo delegado de Sarandi, Adriano Garcia, em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (24/9). De acordo com o delegado, uma mulher confirmou a versão em depoimento prestado na quarta-feira.

    O delegado também ponderou que, em tese, o sindicalista teria planejado o crime sozinho, sem a conivência do sindicato e do movimento grevista.

    As imagens de câmeras de segurança (veja vídeos abaixo) mostram o momento em que três pessoas descem de um carro e dois pulam o muro da garagem enquanto a terceira pessoa entrega o que, segundo a polícia, são dois galões de combustível.

    Minutos depois é possível perceber explosões e as duas pessoas saem da garagem e entram no carro, que deixa o local.

    Segundo as investigações, pelo menos quatro pessoas estavam no carro. A placa do veículo foi identificada por meio das imagens das câmeras de segurança. A Polícia Civil de Sarandi informou que todos os envolvidos foram identificados. O prejuízo causado pelo incêndio é estimado em mais de R$ 2 milhões.

    Em nota, o Sinttromar, sindicato que representa os motoristas do transporte coletivo, disse ter “total interesse na rápida, isenta e integral investigação pelas autoridades policiais acerca do grave infortúnio ocorrido na garagem da referida empresa, provocado pela propagação de incêndio criminoso”.

    No comunicado, o sindicato manifestou “repúdio contra qualquer afirmação ou ilação, premeditada ou não, por parte de qualquer autoridade pública ou de outro ente, que tente vincular o grave incidente ocorrido à entidade sindical, ou que tente manchar, de forma leviana, o movimento paredista que luta contra perdas salariais e de direitos”.

    Na semana passada, os motoristas do transporte coletivo das empresas Cidade Verde e Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) iniciaram uma greve que durou seis dias. Na segunda-feira (21/9), sexto dia de paralisação, os motoristas decidiram suspender a greve por oito dias.

    A categoria reivindica a reposição salarial de 2,47% e a manutenção de direitos, como o vale-alimentação e o pagamento da participação nos lucros e/ou resultados (PLR).

    Veja imagens das câmeras de segurança:

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