O assassinato de Magó, a jovem maringaense Maria Glória Poltronieri Borges, 25 anos, foi tema de discursos na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e também motivou o envio de um pedido de informações à Secretaria de Estado de Segurança Pública sobre a estrutura do Instituto Médico Legal (IML) e da Polícia Civil de Maringá.
O tema do assassinato de Magó foi abordado por diversos deputados em sessão realizada nesta terça-feira (24/2). As manifestações partiram de Homero Marchese (PROS), Evandro Araújo (PSC), Soldado Adriano José (PV), Maria Victória (PP), Do Carmo (PSL), Luciana Rafagnin (PT), Nelson Luersen (PDT), Tercílio Turini (CDN), Luiz Cláudio Romanelli (PSB) e Hussein Bakri (PSD).
A morte da jovem próximo a uma cachoeira na cidade de Mandaguari comoveu as redes sociais e fez milhares de pessoas saírem em protesto nas ruas de Maringá. O caso também ganhou proporção em outras cidades em repúdio ao feminicídio.
Em pronunciamentos e apartes na Assembleia Legislativa do Paraná, os parlamentares prestaram solidariedade à família, mostraram indignação com o crime e cobraram a resolução do caso.
A Polícia Civil investiga o assassinato de Magó, mas até o momento ninguém foi preso. O deputado Homero Marchese encaminhou um pedido de informações à Secretaria de Segurança Pública (SESP) questionando o órgão sobre a estrutura do Instituto Médico Legal (IML) e da Polícia Civil em Maringá.
Homero quer detalhes sobre o número de profissionais que atuam no IML de Maringá, a escala de profissionais no Instituto e a possibilidade de aquisição de um equipamento para perícia de celulares, que seria usado pela Polícia Civil do município.
No documento, Homero lembra da demora da chegada da Polícia Civil e do IML ao local do crime, “obrigando a família a permanecer ao lado do corpo da vítima por várias horas no meio da mata”.
A equipe do deputado visitou o IML no dia seguinte ao assassinato de Magó e atestou a existência de uma série de problemas estruturais e da aparente falta de pessoal.
Além disso, os assessores foram informados que a realização da perícia no aparelho celular da vítima dependeria de um equipamento existente apenas em Londrina.
Apesar da cobrança, Homero destacou que não tem faltado empenho para a resolução do crime por parte do secretário de Segurança, Rômulo Marinho Soares.
“Tenho ciência de que a Secretaria de Segurança, na pessoa do seu secretário Rômulo, está se empenhando em apanhar os responsáveis por essa brutalidade. A SESP introduziu no caso outros delegados e outros investigadores para formar uma força-tarefa, mas há alguns destaques negativos nesse caso que precisam ser corrigidos”, afirmou o deputado.
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