O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP) da Universidade Estadual de Maringá decidiu na tarde desta sexta-feira (28/6) pela suspensão do calendário acadêmico da UEM. Com a decisão todas as aulas e provas realizadas desde a quarta-feira (26/6), quando foi deflagrada a greve na instituição, vão ser anuladas.
Na avaliação do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), a greve ganha força com a suspensão do calendário acadêmico da UEM. “Legitima o resultado de paralisação e inibe, inclusive, os poucos fura greve, que gostam de atrapalhar”, avaliou o presidente do Sinteemar, José Maria Marques.
O presidente da Seção Sindical dos Docentes da UEM (SESDUEM), Edmilson Aparecido da Silva, também considera que as manifestações ganham mais força com a decisão. “O CEP manteve a tradição e respeitou a decisão da assembleia. Convidamos todos a participar do nosso movimento”, disse.
Havia uma grande expectativa em relação à decisão do CEP. A suspensão do calendário acadêmico na UEM era pleiteado pelo comando de greve desde a quarta-feira.
Em nota divulgada à imprensa, a UEM informou que vai ser mantida a realização das provas do Vestibular de Inverno 2019, nos dias 14 e 15 de julho. O comando de greve também concordou em não atrapalhar a realização do processo seletivo para a contratação de professores marcado para domingo (30/6).
Nesta quinta-feira (27/6), o governador Ratinho Junior, segundo informações do portal Bem Paraná, minimizou o movimento grevista em todo o Estado. Ele também afirmou que não vai negociar com as categorias que estiveram paralisadas.
A APP-Sindicato considerou a postura do governador como autoritária. Em Maringá, o movimento de greve que reúne professores e servidores das escolas estaduais, em greve desde a terça-feira (26/6), realizou na manhã desta sexta mais uma manifestação na Avenida Carneiro de Leão, em frente ao Núcleo Regional de Educação de Maringá.
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Secretaria de Educação diz para alunos irem às aulas
Por meio de nota divulgada na Agência Estadual de Notícias, no final da tarde desta sexta-feira (28/6), a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte informou que o calendário escolar da rede estadual de ensino vai ser mantido até 15 de julho.
Veja a nota na íntegra.
“A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte esclarece aos pais e responsáveis, alunos e profissionais do magistério que as escolas da rede estadual de ensino realizarão suas atividades normalmente até o início do recesso escolar, que acontece apenas em 15 de julho.
Até lá, a secretaria orienta que todas as aulas ocorram normalmente em todas as instituições de ensino na rede da educação básica, de maneira a evitar prejuízos no cumprimento do ano letivo e a necessidade de reposição de aulas.
Segundo a secretaria, alunos ausentes terão as faltas registradas. Professores e funcionários que não comparecerem ao trabalho também terão registro de falta no relatório mensal de frequência, resultando em desconto em folha.
Nos últimos dias menos de 4% das 2.143 escolas estaduais tiveram as aulas prejudicadas em razão de manifestações de sindicatos de servidores. A determinação é para que reposição das aulas não seja realizada em período de recesso e de férias.
Conforme disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) o calendário escolar é obrigatoriamente de 200 dias letivos.”
- Reportagem atualizada às 17h47 com a informação de que o Vestibular de Inverno da UEM vai ser realizado nos dias 14 e 15 de julho. Nova atualização foi feita às 19 horas com a inclusão da nota da Secretaria de Estado da Educação sobre a manutenção do calendário escolar na rede estadual.
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