Conselho Regional de Medicina decide na segunda se dá mais prazo para adequações no HU de Maringá

Uma das dificuldades do HU é que os salários oferecidos para contratações temporárias não têm atraído profissionais de enfermagem.

  • O Conselho Regional de Medicina (CRM) do Paraná vai decidir na segunda-feira (22/4), em reunião ordinária que vai ser realizada em Curitiba, se aceita o pedido de prorrogação do prazo feito pelo Hospital Universitário de Maringá (HUM) sobre a interdição ética do Pronto Socorro (PS).

    Oficialmente, o prazo termina neste sábado (20/4). Na tarde desta quarta-feira (17/4), durante uma coletiva à imprensa no hospital, o representante do CRM de Maringá, Márcio de Carvalho, considerou que o pedido de prorrogação do prazo “é pertinente”, pois a interdição ocorreu num momento de transição da administração do HUM.

    Carvalho acredita que o pedido de prorrogação do prazo até 20 de maio tende a ser aceito pelo CRM, mas a decisão oficial vai ser tomada apenas na segunda-feira (22/4). Se não aceitar a prorrogação, o CRM vai definir se aplica ou não a interdição do PS.

    Em coletiva concedida no final da tarde desta quarta (17/4), a superintendente do HUM, Elisabete Kobayashi, explicou que várias ações foram adotadas para solucionar as falhas apontadas pelo CRM no mês de dezembro do ano passado.

    Uma das providências adotadas, explicou a superintendente, foi o fechamento de uma escala na clínica cirúrgica com dois médicos plantonistas, um deles em caráter presencial.

    Ela também destacou que para conseguir fechar a escala de 24 horas, foi preciso incluir a participação de alguns diretores do hospital.

    A superintendente também afirmou que conseguiu agilizar o processo de internação na clínica cirúrgica. Agora, segundo Elisabete, nenhum paciente cirúrgico permanece mais do que 24 horas no Pronto Socorro.

    Ainda segundo a superintendente, as enfermarias foram reformadas, com a revisão das instalações e a redução da capacidade de internação.

    Ela também informou que um dos problemas difíceis de resolver é a falta de enfermeiros, que, mesmo diante da tentativa de contratação, não foram sanados. A dificuldade principal, segundo Elisabete, é que os salários oferecidos para contratações temporárias não têm atraído os profissionais.

    No começo do mês, em entrevista, Elisabete destacou a necessidade de realizar um concurso para acabar com o déficit de profissionais do hospital, o que incluiu os serviços de enfermaria.

    Outro problema apontado pelo CRM que permanece sem solução é a presença de pacientes nos corredores do Pronto Socorro. A solução é complexa, porque depende da ampliação do número de leitos e de uma forma mais eficiente de gestão para o internamento de pacientes, o que envolve a participação da Prefeitura de Maringá e do Governo do Paraná.

    Comentários estão fechados.