O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) encerrou o caso do acidente do avião de Maiara e Maraisa. O jatinho da dupla saiu da pista do Aeroporto Regional de Maringá Silvio Name Junior na tarde de domingo (15/10/2017) após o pneu da aeronave furar durante o procedimento de decolagem.
O caso foi encerrado no final do ano passado, quando a Cenipa encaminhou a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), um termo de recomendações em relação ao Aeroporto de Maringá. Detalhes podem ser vistos neste link divulgado pela Cenipa. O relatório completo da Cenipa pode ser acessado aqui.
O Cenipa solicitou à ANAC “atuar junto à empresa Terminais Aéreos de Maringá – SBMG S/A, a fim de que aquele operador aprimore seu programa de monitoramento e manutenção do pavimento asfáltico, com vistas a manter a infraestrutura aeroportuária sob sua responsabilidade em condições operacionais e a garantir a segurança das operações aéreas durante a execução de obra ou serviço de manutenção na área operacional.”
No dia 30 de novembro de 2017, a Cenipa já havia solicitado à ANAC a determinação da “imediata recuperação do pavimento asfáltico da pista de pouso e decolagem do Aeroporto Regional de Maringá (SBMG)”.
Em relação à investigação do acidente, a Cenipa não divulgou um relatório conclusivo. São indicados dois aspectos no relatório final, com nível de contribuição indeterminado para cada um deles.
Primeiro é citada a aplicação de comandos. “É possível que o retardo na tentativa de controlar a aeronave e trazê-la para o centro da pista tenha contribuído para que uma abortagem mais efetiva tenha ocorrido dentro do limite longitudinal da pista”.
Em relação à infraestrutura aeroportuária, a Cenipa informa que “as condições críticas do pavimento asfáltico da pista, com a presença de desníveis, rachaduras e buracos podem ter levado ao estouro do pneu da aeronave”. Não há nenhuma menção sobre as condições dos pneus da aeronave no relatório.
Em breve relato do acidente, a Cenipa informou que a aeronave contava com dois pilotos e com seis passageiros a bordo. “Na corrida de decolagem, próximo de atingir a velocidade de decisão, ocorreu um forte estampido e a aeronave guinou para a esquerda. Porém, o piloto conseguiu recuperar o controle direcional.”
A decolagem foi interrompida, entretanto, “a aeronave só conseguiu parar na clearway, após ultrapassar 115 metros da cabeceira oposta. A aeronave teve danos leves. Os pilotos e os passageiros saíram ilesos. Não houve danos a terceiros.”
No final de janeiro de 2019, a Prefeitura de Maringá divulgou a conclusão de uma obra emergencial de recuperação do pavimento asfáltico do aeroporto. As obras foram realizadas durante a madrugada.
Na ocasião, o superintendente do Aeroporto de Maringá, Fernando Rezende, afirmou que a “recuperação da pista é um procedimento rotineiro, feito sempre quando se percebe algum desnível na superfície que pode trazer desconforto para passageiros durante procedimentos de pousos e decolagens.” Ele também disse a agência de aviação civil é bastante rigorosa com protocolos de segurança. “Cumprimos rigorosamente as exigências do órgão.”
A reportagem aguarda uma resposta da Superintendência do Aeroporto de Maringá sobre o caso específico do acidente do avião de Maiara e Maraisa.
Veja o vídeo do acidente do avião de Maiara e Maraisa
Em novembro de 2017, outro pequeno avião sofreu um incidente no Aeroporto de Maringá durante um procedimento de treino de “toque e arremete”.
Durante uma tempestade, em outubro de 2018, outro avião quase sofreu um acidente próximo ao aeroporto. Um vídeo mostra a aeronave fora de controle no ar. Ao aterrissar, o avião tombou.
Atualmente, o Aeroporto de Maringá está com um concurso público aberto para a contratação de onze profissionais em sete diferentes cargos.
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