A Câmara Municipal aprovou nesta terça-feira (10/10) a criação de uma Comissão Especial de Estudos para rever a legislação municipal relacionada à realização de festas e eventos recreativos no município. Um ponto em comum, entre vereadores e autoridades, é a necessidade de propor o aumento do valor da multa a ser cobrada dos donos das chácaras onde são realizadas festas clandestinas.
“Todos concordamos em ter uma multa pesada sobre o proprietário que cede o espaço para a festa clandestina. Atualmente, o valor da autuação é muito pequeno e não tem influência nenhuma. O organizador tem lucro e paga”, afirmou o presidente do Conselho de Segurança de Maringá, Antônio Tadeu Rodrigues.
Momentos antes da afirmação, Rodrigues havia participado de uma reunião na sede do 4º Batalhão da Polícia Militar, com a participação de representantes das polícias Civil e Militar, Guarda Municipal, Conselho Tutelar, fiscais da prefeitura de Maringá e vereadores.
Segundo o presidente do Conselho de Segurança, a grande preocupação das autoridades é com o aumento do número de festas clandestinas.
“São eventos onde há bebida para menores e corre solto o consumo de drogas. Tivemos um problema grave há duas semanas, quando uma moça quase teve uma overdose e jovens furtaram o carro do Corpo de Bombeiros”, considerou.
Outro problema, na avaliação das autoridades, é que as festas clandestinas passam uma imagem negativa fora de Maringá. “Daqui a pouco, vai ficar conhecida como a cidade onde tudo pode, como ocorreu há oito anos, quando empresários de outros lugares vinham fazer festa aqui no período do vestibular”, ponderou.
Comissão da Câmara começa a trabalhar segunda
A Comissão Especial de Estudos para reavaliar as leis que tratam das festas em Maringá irá realizar a primeira reunião de trabalho na segunda-feira (16/10), a partir das 14 horas, na sede do Legislativo.
A comissão é formada pelos vereadores Mário Verri (PT), presidente, e os membros Alex Chaves (PHS), Jean Marques (PV), Onivaldo Barris (PHS) e Sidnei Telles (PSD).
“Contamos com a participação de todos os interessados. Vamos unificar as ações com as polícias, Conselho Tutelar, Guarda Municipal, prefeitura. Não queremos acabar com as festas, mas organizar melhor a situação”, ponderou o vereador Mário Verri.
Comentários estão fechados.