Me pego as vezes  pensando a problemática do suicido. Eu me espanto com os dados qualitativos que descubro . O primeiro deles é que na maioria dos casos são de adolescentes. O motivo é um simples  jargão ( sair da zona de conforto). É o mesmo  que dar um tiro contra a própria cabeça. O absurdo é  não suportar o peso da vida real.

A vida  não funciona como o jovem imagina. O choque com a realidade é um fardo grego para quem não esta habituado com o impacto com a sociedade adulta que lhe cobra postura e deveres.

Outro fator déspota que comanda casos  de suicídio é o pensamento negativo. A mesma  língua que bebe na mastigação se  amaldiçoa  próprio trajeto. Os grandes pensamentos levam consigo o seu universo esplendido ou miserável…

.Para fechar o raciocino o Camus me auxilia “Há universo do ciume ,da ambição , do egoismo ou da generosidade. Um universo significa uma  Metafisica e uma atitude de espirito”

O livramento  dessa repulsa , ou vazio, crise existencial não esta somente nas relações amorosas. A apertar o gatilho é muito mais que despertar, é pudor e amor próprio. Esse é o alibi, a esfera da opinião que se tem de enfrentar não raras vezes.

 

 

Luiz Renato Vicente é acadêmico de Filosofia da UEM (Universidade Estadual de Maringá). Vencedor de duas Edições do Prêmio Melhor Leitor do Ano pela Rotary Club Internacional e Semuc. 2017 ( 2º lugar) e 2019 ( 1º lugar) na categoria adulto. Autor do Livro Desamparo ( Micro-Contos) Pela AR Publisher Editora.